
Apenas 37% se opõem. Congresso é visto como aliado dos ricos, mostra também a pesquisa
A maioria da população brasileira quer que bilionários, bancos e casas de apostas on-line — as chamadas bets — paguem mais impostos. Segundo levantamento da AtlasIntel, divulgado nesta quarta-feira (9), 58% dos entrevistados apoiam a chamada “taxação BBB”, enquanto apenas 37% se opõem.
A medida, defendida por partidos progressistas e pelo governo federal, ganha força nas redes digitais e mostra que a pauta da justiça tributária é popular e a narrativa de que o aumento de impostos levaria empresários a abandonar o país não convenceu.
SOBRE AUMENTO DO IOF
A pesquisa também perguntou sobre os motivos da derrubada do decreto presidencial que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Para 39,9%, o Congresso agiu para favorecer empresários e o mercado financeiro; 37,8% acreditam que foi para proteger a população de mais impostos.
RESPONSABILIDADE FISCAL
O estudo revelou ainda que 42,4% da população considera o governo federal mais responsável com as contas públicas do que o Congresso Nacional.
Apenas 21,8% veem os deputados e senadores como mais responsáveis. Outros 34,7% não confiam em ambos.
A pesquisa foi realizada digitalmente entre os dias 1º e 7 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
BOLSONARISTAS SÃO CONTRA TAXAR BILIONÁRIOS E BANCOS
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou, na última segunda-feira (7), a campanha do governo do presidente Lula (PT) a favor da “taxação BBB” — que propõe tributar bilionários, bancos e casas de apostas.
Em vídeo publicado nas redes digitais, o parlamentar chamou a proposta de “narrativa mentirosa” e afirmou que a taxação pode gerar fuga de capital e redução de empregos.
É sempre assim. Toda vez que se pretende melhorar a vida do povo, os apaniguados dos rentistas saem com essa. Isso remonta à campanha do fim da escravidão no Brasil.
“Com essas pessoas saindo do Brasil, consequentemente as empresas deles também saem do País. Aí você tem falta de investimentos e, principalmente, falta de arrecadação”, sofismou.