
Já o serviçal Jair Bolsonaro foi apontado por 38,8% dos entrevistados. Aprovação de Lula cresce e já empata com a desaprovação
Não completou nem mesmo uma semana que o Donald Trump anunciou o sobretarifaço de 50% dos EUA sobre as exportações brasileiras que o seu parceiro no Brasil, Jair Bolsonaro, já começou a sentir na pele o preço da subserviência ao atual ocupante da Casa Branca e da traição aos interesses nacionais.
Pesquisa divulgada nesta terça-feira (15) pela AtlasIntel/Bloomberg constatou que 61,1% dos brasileiros consideram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa melhor o País do que o inelegível e quase condenado, que pontuou 38,8%.
A mesma sondagem demonstrou que o índice de aprovação de Lula cresceu desde a última pesquisa. Em janeiro, 45,9% dos entrevistados diziam que aprovavam o atual governo. Hoje, a aprovação subiu para 49,7%, a maior apurada no presente ano. Já a desaprovação, que estava, também em janeiro, em 51,4%, caiu para 49,7%.
Os entrevistados também foram ouvidos sobre a avaliação do governo Lula, quesito no qual também houve uma sensível melhora em relação à última pesquisa. Em janeiro, 37,8% avaliavam como ótimo/bom o governo. Hoje, esse índice chegou a 43,4%. Mas, a avaliação dos que consideram o governo ruim/péssimo teve um pequeno crescimento, de 46,2% para 49,4%, no entanto, uma queda em relação à pesquisa anterior, de junho, quando eram 51,8%.
Outra questão apurada na pesquisa foi a reação do Brasil, através do governo Lula e outras instituições, ao sobretarifaço trumpista. 44,8% consideraram adequada; 27,5%, agressiva; e 25,2%, fraca.
Os entrevistados também opinaram sobre o desempenho do atual governo em matéria de política externa, constando-se que 60,2% aprovam a condução dos negócios externos, 38,9% desaprovam e apenas 0,9% não souberam responder. Entre as mulheres, 74,4% aprovam e, entre os homens, a aprovação é de 54,6%.
Outro dado interessante da mesma sondagem diz respeito ao alinhamento internacional do Brasil. Nesse quesito, 38,1% consideram que o alinhamento preferencial deve ser com o bloco representado pelo BRICS; 31,1% com os EUA; e 12,9% com a China. Vale notar que, na pesquisa anterior, em maio, a preferência pelos EUA era de 36,9% e pela China de apenas 4%. Ou seja, mais brasileiros rejeitam o alinhamento com os estadunidenses e preferem os chineses.
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg ouviu 2.841 pessoas, em questionários on-line, entre os dias 11 a 13 de julho. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.