O general Igor Kirilov, assassinado em atentado assumido por Kiev, foi homenageado pelos italianos que reconhecem seu papel na organização do apoio ao combate à pandemia na Itália quando o país europeu estava exaurido de recursos e tinha o morticínio em elevação
Dezenas de pessoas foram às ruas na cidade italiana de Gênova, na terça-feira, 17, para homenagear o general russo Igor Kirillov, que organizou o socorro russo em março de 2020 à Itália sob a pandemia do coronavírus, quando os serviços médicos italianos entraram em colapso em Bérgamo e não davam conta sequer de transportar os cadáveres dos mortos, tragédia presenciada no mundo inteiro na cena do comboio de caminhões militares italianos levando de Bérgamo dezenas de caixões.
No início da semana passada Kirillov foi assassinado em atentado em Moscou assumido pelos serviços secretos ucranianos. Os manifestantes exibiram faixas declarando, entre outras coisas, que a Itália é grata a Kirillov por seu serviço e lembrando o general russo, que se tornou “vítima do terrorismo da Ucrânia e da Otan”.
Kirillov, que chefiava as forças russas anti-guerra química, biológica e radioativa, foi assassinado na porta do prédio onde residia com a explosão de uma bomba plantada em um patinete elétrico, assim como seu assistente, o tenente-coronel Ilya Polikarpov.
Um cidadão uzbeque foi preso e confessou ter sido recrutado pelos serviços secretos ucranianos para matar o general em troca de US$ 100.000 e um visto para um país europeu.
Imagens do protesto mostram também manifestantes atirando bandeiras da Otan e da União Europeia na calçada e as pisoteando.
Muitos também carregavam as bandeiras nacionais italianas e russas. Uma réplica da Bandeira da Vitória, que é um símbolo da vitória soviética sobre a Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, também foi vista em exibição.
O jornalista Amedeo Avonet, presente à manifestação, declarou que “a Rússia forneceu tudo que era necessário para que sobrevivêssemos à Covid-19, mandaram médicos, equipamentos, e o general que os terroristas nazistas ucranianos assassinaram liderou todo este trabalho”.
Durante seus sete anos à frente do enfrentamento da guerra química, biológica e por radiação, Kirillov expôs a rede de 45 biolabs do Pentágono em torno da Rússia, muitos deles na Ucrânia, forçando a então subsecretária de Estado Victoria Nuland, em depoimento ao Congresso dos EUA, a admitir sua existência.
Ele denunciou também que o regime de Kiev pretendia desencadear uma provocação com uma “bomba nuclear suja” e o uso de armas químicas pelos asseclas de Zelensky mais de 400 vezes no Donbass.
Na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu o assassinato de Kirillov como um ataque terrorista perpetrado por meios “publicamente perigosos”.
“O regime de Kiev cometeu repetidamente esses crimes – ataques terroristas contra muitos cidadãos da Rússia”, disse Putin, acrescentando que “nunca ouvimos condenação de tais ataques terroristas” no Ocidente.