Ato na França repudia corte de direitos dos trabalhadores

People take part in a nationwide strikes and demonstrations day called by nine unions representing 5,4 million public sector workers, on October 10, 2017 in Paris, to show their "profound disagreement" with French president's bid to transform the gargantuan public service and government's plans to freeze their pay and eliminate 120000 public jobs. The protests are the fourth round of demonstrations in France since September aimed at forcing the 39-year-old president to row back on his reforms, with the government's response being closely watched by European allies and investors. / AFP PHOTO / Eric FEFERBERG / “The erroneous mention appearing in the metadata of this photo by Eric FEFERBERG has been modified in AFP systems in the following manner: [People] instead of [Far left militants]. Please immediately remove the erroneous mention[s] from all your online services and delete it (them) from your servers. If you have been authorized by AFP to distribute it (them) to third parties, please ensure that the same actions are carried out by them. Failure to promptly comply with these instructions will entail liability on your part for any continued or post notification usage. Therefore we thank you very much for all your attention and prompt action. We are sorry for the inconvenience this notification may cause and remain at your disposal for any further information you may require.”

Centenas de milhares de servidores foram às ruas contra o projeto de Macron que prevê arrocho e 120 mil demissões.

Inconformados pelas medidas de arrocho – o mal denominado ‘ajuste’ da economia – que o governo de Emmanuel Macron pretende baixar por decreto, mais de quatrocentos mil funcionários públicos se manifestaram dia 10, na França. Greves provocaram o fechamento de creches, escolas, hospitais postos de saúde e outros serviços em todo o país. Em Paris, encabeçados pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), muitos sindicatos se somaram aos protestos com grande incidência nos órgãos e governo, na energia e no transporte público.

O congelamento dos salários, aumento de retenções, plano para endurecer as regras que regulam licenças por doença e a eliminação de 120 mil empregos até 2022, unificou o conjunto de sindicatos que representam 5.4 milhões de funcionários públicos, 20% da força de trabalho francesa. A greve e 180 manifestações por todo o país deixaram claro a profunda revolta com as reformas de Macron.

Foi a quarta jornada de manifestações contra as medidas promovidas pelo presidente que se apresenta como ‘moderno’ e ‘inovador’, mas é descrito pelos trabalhadores como o presidente dos ricos, que não liga para a sociedade e utiliza expressões depreciativas para a população mais simples. “Os funcionários, frequentemente são chamados por membros do governo de vagabundos e aproveitadores, necessitam respeito”, declarou Philippe Martinez, secretário-geral da CGT.

Os sindicatos da saúde (médicos, farmacêuticos, dentistas) se uniram ao chamado dos enfermeiros que lideraram o setor. 30% dos vôos internos foram afetados devido à greve na aviação civil. Mais de 50% dos professores participaram da greve. Os portuários de Le Havre, símbolo de luta durante as jornadas de 2016 contra a reforma de Hollande, pararam.

A CGT informa que os trabalhadores de serviços terceirizados também se uniram às marchas. Todos juntos exigindo, ao invés de demissões massivas, a contratação dos que atendem a título precário. As reivindicações comuns dos manifestantes e grevistas são de aumento dos salários, os meios orçamentários para permitir a melhora dos serviços públicos e a melhoria das condições de trabalho.

Diante da força do movimento, o porta-voz do governo, Christophe Castaner, reconheceu a necessidade de prestar atenção às preocupações daqueles que participaram.

“Os servidores perderão entre 4% e 5% de seu poder aquisitivo por ano se o que foi anunciado for aplicado”, disse o secretário-geral da União Nacional dos Sindicatos Autônomos (UNSA), Luis Bérille. O sindicalista declarou que a próxima semana haverá uma reunião com o ministro da Fazenda, Gérald Darmanin. O ministro, no entanto, já assinalou que não vai mudar sua proposta, que tem como objetivo colocar o déficit do país abaixo de 3% do PIB, como pede a União Europeia.

 

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