Gravação mostra Bolsonaro e Ramagem definindo quem deveria ser perseguido para esconder rachadinhas. Augusto Heleno diz que a estratégia discutida entre eles na reunião “tem que ficar fechadíssima”. Ou seja, não vazar. “Tem que manter esse troço fechadíssimo”, disse o general
O ministro Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira (15) o sigilo sobre uma gravação colhida durante a investigação do esquema de espionagem ilegal na Abin na gestão de Jair Bolsonaro.
As conversas, corridas em 25 de agosto de 2020, confirmam a perseguição a servidores da Receita Federal que detectaram a lavagem do dinheiro desviado das rachadinhas de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Segundo a Polícia Federal (PF), a gravação mostra Bolsonaro, Ramagem, Augusto Heleno e advogadas de Flávio discutindo um monitoramento contra auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre a “rachadinha” no gabinete do senador quando ele era deputado estadual.
Os auditores acabaram afastados de seus cargos e a investigação sobre as rachadinhas foi anulada. A gravação, obtida em meio às investigações da PF sobre o uso da Abin para espionagens e monitoramentos ilegais durante o governo Bolsonaro, mostram detalhes da trama para livrar Flávio.
No encontro, Jair Bolsonaro (PL) discute com o general Augusto Heleno, então ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e com Alexandre Ramagem, comandante da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), como anular a ação dos auditores da Receita e impedir a continuidade das investigações sobre os desvios milionários da rachadinha de Flávio Bolsonaro. Abaixo reproduzimos o áudio do site G1.
Ouça o áudio na íntegra
A reunião durou pouco mais de uma hora. Logo no início, Bolsonaro diz: “Ninguém tá pedindo favor aqui, [inaudível] é o caso conversar com o chefe da Receita. O Tostes”. Era uma referência a José Tostes, então chefe da Receita Federal. Os demais participantes comentam positivamente sobre essa sugestão. Depois, Bolsonaro sugere falar com Gustavo Canuto, que era presidente do Dataprev, órgão do governo que lida com dados da administração pública.
“É o ‘zero um’ dos caras. Era ministro meu e foi pra lá. Sem problema nenhum. Sem problema nenhum conversar com ele. Vai ter problema nenhum conversar com o Canuto”, explica Bolsonaro. “Eu caso [sic] conversar com o Canuto?”, questiona Bolsonaro. A advogada Luciana Pires responde ao ex-presidente: “Sim, sim. Com um clique. Olha, em tese, com um clique você consegue saber se um funcionário da Receita [inaudível] esses acessos lá”.
Nesse momento, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, diz que essa estratégia discutida entre eles na reunião tem que ficar fechadíssima. Ou seja, não vazar. “Tentar alertar ele que, ele tem que manter esse troço fechadíssimo. Pegar de gente de confiança dele. Se vazar [inaudível]”, afirma Heleno. O ex-presidente Jair Bolsonaro, então, diz: “Tá certo. E, deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa. Que não estamos procurando favorecimento de ninguém”.
Na reunião, as advogadas cogitaram acionar o GSI para levantar possíveis irregularidades contra os servidores da Receita. “Eu acredito, até que se isso aqui vier à tona, a gente vai ser bastante, é atacada, mas francamente, eu não tenho o pouco nem pouco a fazer. O que é que acontece? Eu juntei aqui. Eu fiz um, um pedido, é, general. Especialmente pro GSI. Porquê? É um pedido de averiguação. Dos sistemas de inteligência que atendem à Receita Federal, mas o pedido precisa, a averiguação precisa, feita, feito pelo Serpro”, afirmou a advogada Juliana Bierrenbach.
Em seguida, o então chefe do GSI, general Augusto Heleno, que também estava na reunião, perguntou: “Quando vocês pediram?” E Juliana respondeu: “Não estou pedindo, estou trazendo hoje”.
Ramagem, que gravou a reunião, afirma que não é boa ideia envolver o GSI, porque os dados da Receita não poderiam ser acessados pelo GSI sem que isso gerasse suspeita de interferência política. Ramagem argumenta que não pegaria bem para Heleno. “Politicamente, o general Heleno vai ser crucificado, como pessoalidade em prol do Flávio Bolsonaro. Acredito que não seja o melhor caminho”, diz o então diretor da Abin.
Escândalo das rachadinhas
Em outubro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou à Justiça o senador Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele Fabrício Queiroz e mais 15 investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema da “rachadinha”, na época em que Flávio Bolsonaro era deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Flávio Bolsonaro foi acusado de chefiar uma organização criminosa que recolhia parte do salário de seus ex-funcionários para seu benefício – prática conhecida como “rachadinha”. Segundo o MP, foram identificados pelo menos 13 assessores que repassaram parte dos salários ao ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.
Leia a transcrição do áudio
Jair Bolsonaro: 35 no máximo, a gente sai daqui.
Alexandre Ramagem: Pedir pro, pro Marinho vir para cá, então.
Jair Bolsonaro: Vem, fica na sala, sete e trinta e cinco.
Jair Bolsonaro: Tem que avisar o Marinho. Ele ficou de ir para lá.
Jair Bolsonaro: Não quer ficar aqui não? Fica melhor aqui não?
Jair Bolsonaro: Fica você aqui. Fica.
Augusto Heleno: São duas?
Jair Bolsonaro: São duas.
Augusto Heleno: Eu fico aí, então.
Augusto Heleno: Senta aqui no meu.
Jair Bolsonaro: Eu não te passei, não. Quem passa as informações para mim é um coronel do Exército. Deveria ter trocado pelo serviço secreto russo.
Augusto Heleno: Eu sei. [inaudível] uma época.
Jair Bolsonaro: Esqueci o nome dele aqui.
Augusto Heleno: Mazela, Maz.
Jair Bolsonaro: É. Magela, Magela.
Jair Bolsonaro: Quer sentar [inaudível] tudo bem? Entra aí, por favor.
Luciana Pires: Boa noite. Como vai? Muito prazer, [inaudível].
Luciana Pires: Senhor, que está nessa luta com, com a questão do Flávio, né? Uma guerra né, presidente. Uma guerra no Rio de Janeiro. É.
Luciana Pires: Hoje a gente recebeu a atualiza de, de um RIF do, do Frederick Wassef.
Jair Bolsonaro: Hum.
Luciana Pires: Intimou o advogado dele. Isso não vai parar. Daqui a pouco vai ser comigo. Daqui a pouco vai ser com, com
Luciana Pires: O Rodrigo, que é um colega, vai ser com a Juliana. E o Ministério Público, ele trabalha assim. Eu [inaudível] 16 anos no.
Luciana Pires: Rio de Janeiro e já, já tô, já tô acostumada, né? A gente, é trabalha lá.
Luciana Pires: Já há um tempo [inaudível].
Luciana Pires: Como eles fazem? Qual o modus operandi.
Luciana Pires: O modus operandi.
Luciana Pires: É uma guerra do habeas corpus, a questão do foro, que deveria ser uma coisa óbvia.
Luciana Pires: Né? Mas não é?
Luciana Pires: Porque é o filho do presidente. Não é porque é o Flávio, é porque é o filho do presidente da República.
Luciana Pires: E eu trabalhei isso dez meses. Estou perseguindo de todas as mentiras para conseguir, graças a Deus. [inaudível]
Luciana Pires: Dois votos a um.
Luciana Pires: Eu tenho quase certeza que a gente vai manter. O Ministério Público perdeu prazo?
Jair Bolsonaro: Não perdeu o prazo. Eu acho que, eu acho que.
Luciana Pires: Perderam o prazo e não cabia reclamação. Eles inventaram uma reclamação.
Luciana Pires: E perderam o prazo. Tentaram culpar a procuradora. Todo mundo que deu algum parecer favorável é… que se movimentou de alguma forma que não seja contra, não é favorável, é porque ela entende que é o correto, está com 3 processos administrativos. [inaudível].
Luciana Pires: O dia, voltaram a minha vida inteira, só que não encontraram nada, presidente. Mas vai procurar vai procurar, não vai achar nada. Eu sou da OAB. Então a gente, a gente tem o apoio da nossa instituição para trabalhar. E então a gente não é perseguido.
Luciana Pires: Esse Victor Granada [inaudível] é nosso amigo.
Jair Bolsonaro: [inaudível] respeitar o sigilo do advogado.
Luciana Pires: Não gostou?
Jair Bolsonaro: É de advogado não enquadra confessionário? Não é isso?
Luciana Pires: Lógico. A gente tenta manter a prerrogativa do advogado, mas.
Juliana Bierrenbach: Mas lá nos conseguimos que, que, que a OAB.
Juliana Bierrenbach: Apoiasse a questão do Vitor e o Vitor e fizesse o habeas corpus, e eles ainda não permitiram modificar o habeas corpus. Nós conseguimos.
Luciana Pires: Eu consegui fazer da minha maneira e conseguimos também outra vitória no TRF, mas nessa guerra, nessa luta, dessa maneira. Então, nessa e a gente começou a estudar com o que se deu a investigação do Flávio, que é uma investigação atípica de tudo o que a gente já viu na vida, eu já apoiei alguns inquéritos, da Furna da Onça.
Luciana Pires: Tudo o que acontece com o Flávio nunca nenhum parlamentar em nenhum lugar, muito menos que o Rio de Janeiro.
Luciana Pires: E a gente descobriu coisas assim, muito graves, a gente chegou à conclusão que o RIF do Flávio foi encomendado.
Juliana Bierrenbach: O que, o que acontece é que a gente começou no [inaudiível] levamos o HC. E, enfim, quando o Flávio passa a, o caso todo pra gente. A gente baixou um pequeno interessante, pra gente se assenhorar, né. Como dizer do supremo, a gente se assenhorar do processo inteiro. E nós fizemos assim uma força tarefa pra gente ter noção de tudo o que está acontecendo. Não só daquilo, daquele ponto específico, mas desde o início, que é como a gente costuma trabalhar em qualquer processo.
Juliana Bierrenbach: Então, o que nos fizemos?
Juliana Bierrenbach: Nós pegamos um dos PICs é, e eu comecei a verificar, mas eu eu, quando peguei o primeiro RIF, eu vi que havia algumas particularidades que não faziam sentido estarem presentes ali no RIF. Por quê?
Alexandre Ramagem: RIF é o relatório de inteligência financeira, que vem aquela listagem toda, PIC é o procedimento do Ministério Público para investigar.
Luciana Pires: Ah, desculpa.
Juliana Bierrenbach: O PIC é a investigação do Ministério Público.
Juliana Bierrenbach: É, e aí eu falei, não tem, tem alguma coisa errada aqui, porque o, o, o relatório de inteligência, ele é formado, né? Do COAF. Ele é informado por alguns sistemas de informação, especialmente pelos SISCOAF, que é um sistema que vários órgãos, né, bancos, lojas, enfim, várias instituições têm que informar ao COAF.
Juliana Bierrenbach: E aí, a partir disso, eles chegam à conclusão de que existe movimentação atípica, que não necessariamente é ilegal.
Juliana Bierrenbach: E eles fazem uma análise junto à RECEITA FEDERAL para saber se aquela movimentação é ilegal, ou apenas atípica. Porque, por exemplo, se eu comprar amanhã um imóvel de cinco milhões de reais é atípico, mas pode ser que seja legal, porque eu posso ter recebido honorário., enfim. E aí a RECEITA e o COAF que fazem essa análise, né?
Juliana Bierrenbach: Só que eles, eles têm determinados, eles declaram quais são os sistemas de informação deles e.
Juliana Bierrenbach: E algumas informações que eu encontrei no RIF, eu falei, não são, a grande coisa é que O RIF.
Juliana Bierrenbach: O RIF, ele pode ser espontâneo, feito espontaneamente pelo COAF, ou encomendado pelo Ministério Público. Só que esse RIF da Furna da Onça, que têm aqueles vinte e dois núcleos, em que o Queiroz aparece pela primeira vez. Esse RIF é declaradamente um RIF espontâneo, feito pelo COAF.
Juliana Bierrenbach: Bom. Primeiro que o COAF não faz espontaneamente um RIF com vinte e dois gabinetes, da forma que fez.
Luciana Pires: Eles nem eram alvo, nem o Flávio nem era [inaudivel].
Juliana Bierrenbach: Não. Era tudo por conta, era por conta de uma outra operação, que era a Cadeia Velha.
Juliana Bierrenbach: E aí havia alguns deputados. Então, não fazia sentido aquele RIF estar daquela forma que estava. Eu comecei a pesquisar.
Juliana Bierrenbach: A gente vem assim a, a.
Juliana Bierrenbach: A gente tem assim a, a, a sorte na vida de, de ser muito, de conhecer muita gente. Poder é quando a gente ignora algum assunto, a gente acaba pesquisando o assunto com as pessoas que podem nos informar e nós, eu tive a, eu achei que o RIF fosse errado. E eu fui me informar se realmente o RIF estava errado, se aquele RIF realmente não era um RIF diferente do que ele deveria ser. E aí o que eu percebi? Que, de fato, aquele RIF não é um RIF é, espontâneo, feito pelo COAF.
Juliana Bierrenbach: E que existem informações, por exemplo, tem uma informação no item 81, se não me engano.
Juliana Bierrenbach: 80 ou 81.
Juliana Bierrenbach: Que fala o seguinte é, Queiroz, Fabrício Queiroz, foram?
Juliana Bierrenbach: Foram avaliadas duas mídias, em que se percebe que Fabrício Queiroz, é motorista do deputado Flávio Bolsonaro.
Luciana Pires: Nenhum RIF fala de mídia.
Juliana Bierrenbach: Não existe Sistema de Informação pra informar isso. Não existe.
Luciana Pires:Na verdade, a gente trabalhava essa informação, dentro de um relatório [inaudivel].
Juliana Bierrenbach: Eu falei, não, isso está errado. Isso com certeza absoluta está errado. É..
Juliana Bierrenbach: Enfim, e a gente é muito obsessiva com as coisas que a gente faz. Então não recordo A gente ficou absolutamente, absolutamente voltada pra isso.
Juliana Bierrenbach: E aí, aí o que que eu descobri.
Luciana Pires: É muita maldade entendeu, Presidente. É muita maldade?
Juliana Bierrenbach: Aí o que que, que que a gente, com essas pesquisas que eu venho fazendo, acho que há um mês e meio, né, Alessandra. O que que eu descobri?
Juliana Bierrenbach: É, é muito. É complicado para uma pessoa que é advogada de defesa, né, falar, imputar conduta criminosa a outras pessoas.
Juliana Bierrenbach: Mas assim, pelos nossos clientes, a gente faz qualquer coisa, não tem problema algum. E, o que que nós descobrimos? Que existe dentro da RECEITA FEDERAL.
Juliana Bierrenbach: Especificamente, no COGER e no COPEI
Juliana Bierrenbach: Né? Na corregedoria e no no na, no, na, pesquisa e Inteligência, que são dois, pelo que eu entendi até agora, são duas faces da mesma moeda, né?
Juliana Bierrenbach: A corregedoria funciona para dentro, e a inteligência funciona para fora. Existe uma organização, que hoje eu entendo, ser uma organização criminosa, que tem o objetivo de…
Juliana Bierrenbach: Destruir desafetos, e inimigos.
Juliana Bierrenbach: Quem são os desafetos e inimigos? Quem eles elegerem, ou politicamente, ou por questões financeiras. Eu cheguei a verificar que existe um deles, que eu não tenho certeza absoluta do que eu estou dizendo, mas me parece que tem uma casa na Gávea, eu já tenho até foto da casa.
Juliana Bierrenbach: Uma casa que vale quinze milhões, alguma coisa assim, enfim. E aí eu consegui verificar o seguinte, que todas as vezes que se tentou, é.
Juliana Bierrenbach: Denunciar essa organização.
Juliana Bierrenbach: Outras, outros órgãos, não, os (inaudível). Mas são pessoas que estão lá, há quatorze, quinze anos, né.
Luciana Pires: Que se revezam (inaudível) entre si.
Juliana Bierrenbach: E aí, eles fazem, eles têm uma blindagem de diversas instituições.
Juliana Bierrenbach: Que instituições?
Juliana Bierrenbach: Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.
Juliana Bierrenbach: Um procurador específico, que hoje ocupa um cargo de chefia, ele é um. Ele é um chefe substituto da Procuradoria da República no Rio de Janeiro.
Luciana Pires: Pergunta a história da demissão pra eles poderem entender (inaudível) do SINDIFISCO.
Juliana Bierrenbach:Eu vou contar, mas tem CGU, tem AGU, tem todo imagina, é como se, eles aparelharam a república pra poder fazer esse tipo de coisa. É, basicamente, triste. É, os senhores estão sendo atacados pelo quinto escalão.
Luciana Pires: (inaudível) Fazendo informações da tua vida inteira, dos seus assessores. Eles olham o que interessa e vão em cima pra imprensa. Hoje o que apareceu do, do Fred, que fala da….
Luciana Pires: Do.
Luciana Pires: Dos valores que ele recebeu nos Estados Unidos.
Luciana Pires: Da Cristina Boni, inclusive (inaudível). Agora, no final do dia que eu perdi a advogada para poder atualizar o PIC do Flávio. Falei assim, que matéria é essa no Globo? Que que eles fazem? Eles lançam pra imprensa e depois disponibiliza para defesa. E aí (inaudível) estava no meu celular, deixei o meu celular lá fora eu mostro. A pirâmide sobre a vida do Frederick Wassef. O que que o RIF do Fred está fazendo no PIC do Flávio? Ele não é investigado, não guarda relação da questão do Frederick ter recebido o honorário.
Luciana Pires: Se ele trabalhou, não trabalhou, lavou Dinheiro. Não tem nada a ver com investigação do Flávio, entendeu, Presidente. São coisas completamente diferentes. E trazem, portanto, tenho certeza que vão denunciar o Fred por alguma coisa.
Luciana Pires: (inaudível) E, se bobear, a gente também.
Juliana Bierrenbach: Eu, eu, eu, eu entendo o seguinte. É, é. A gente não pode ter, é, receio do que vai acontecer com a gente. Das consequência, não dá pra ter covardia se…
Juliana Bierrenbach: Se tá atuando numa defesa, especialmente nessa defesa. Então eu acredito, até que se isso aqui vier à tona, a gente vai ser bastante, é atacado, mas francamente, eu não tenho o pouco nem pouco a fazer. O que é que acontece? Eu juntei aqui. Eu fiz um, um pedido, é, general.
Juliana Bierrenbach: Especialmente pro GSI. Por quê? É um pedido de averiguação;
Juliana Bierrenbach: Dos sistemas de inteligência que atendem à Receita Federal, mas o pedido precisa, a averiguação precisa, feita, feito pelo SERPRO.
Augusto Heleno: Quando vocês pediram?
Juliana Bierrenbach: Não estou pedindo, estou trazendo hoje.
Augusto Heleno: Estou comendo mosca.
Juliana Bierrenbach: O senhor jamais comeria mosca em relação a uma situação dessas.
Luciana Pires: Deles é invisível, ainda tem isso.
Juliana Bierrenbach: É, o que, o que que eu, o que que eu descobri? Que é normal. O só o que eles fazem…
Juliana Bierrenbach: Eles instauram a investigação, seja lá como for, têm duas formas, em especial Ou por meio desses RIFs simulados, né. É, criados que eles dizem que é que é, que é espontâneo e não é, ou por denúncia anônima. Então, internamente, para a corregedoria, eles fazem denúncia anônima, e externamente eles vêm com essa história de RIF.
Juliana Bierrenbach: Tá, e aí quando você pega ou a denúncia anónima e começa a investigação, ou o RIF, por conta do RIF, você começa a investigação.
Juliana Bierrenbach: Eles já começam a, a, a ter providências muito rápidas.
Juliana Bierrenbach: No caso, por exemplo, do Flávio. No caso da Furna da Onça, vocês devem se lembrar que teve uma reportagem da Folha de São Paulo, depois veio um advogado, e fez uma, noticiou o crime por conta dos imóveis do FLÁVIO, logo em seguida, o Ministério público do estado do Rio de Janeiro começou a investigar. Isso não é um modus operandi do Ministério Público, a gente conhece eles, já eles não levariam nem em consideração o negócio desses. A minha tese é que eles fizeram a encomenda disso tudo, tá, e aí o que é, como é que essas pessoas trabalham?
Juliana Bierrenbach: Eles têm… todo o funcionário da receita pode acessar esses sistemas e cada um conforme a sua hierarquia. A escala de hierarquia tem uma, uma possibilidade maior de acesso, normal. Essas pessoas, até agora, eu eu sei de quatro ou cinco pessoas.
Juliana Bierrenbach: Eles têm, eles encomendaram uma senha que torna.
Juliana Bierrenbach: Indetectável, o acesso feito por eles.
Alexandre Ramagem: Senha master, né.
Juliana Bierrenbach: Eles chamam de manto de da invisibilidade. E aí eles chamam pra você? E por que que isso é importante para o caso do Flávio?
Juliana Bierrenbach: Primeiro que o modus operandi é igual, tanto para a corregedoria, quanto para a inteligência, eles fazem a mesma coisa. Só que, se a gente conseguir provar que eles fizeram toda essa apuração, e só depois eles criaram com esse RIF espontâneo. E por meio dessas senhas invisíveis, a gente consegue a nulidade do RIF. A gente consegue anular tudo.
Juliana Bierrenbach: Porque é tudo ilícito!
Luciana Pires: Tudo e nisso, tipo de encaminhamento e muda em nada. Aí quando eu vi isso, eu mando um e-mail. Eu falei assim, como que foi parar aí? Eu quero o encaminhamento. Não doutora, porque a gente trabalha assim. Não, a gente trabalha assim, não. Como que o RIF do Flávio brotou um belo dia no Ministério Público.
Juliana Bierrenbach: Não existe!
Luciana Pires: Aí, aí eu começo. Pô, Luciana, porque, porque essa persona não grata na, da [inaudível]. É claro, porque eu, eu trabalho para desfazer essas ilegalidades, né? Que, que é todo dia.
Luciana Pires: O do Flávio, teve uma, uma proporção maior, mas isso não, não é isolado.
Luciana Pires: Então, quando eu comecei a fazer, pô, perceberam, perceberam isso, aí não tem, não tem. Na verdade, aparece o RIF do nada do Flávio, e começam essa devassa na vida dele, busca e apreensão.
Luciana Pires: prisão do Queiroz, do nada, Do Nada.
Juliana Bierrenbach: Na verdade é que eles agem assim. Só que em relação ao Flávio é um excesso.
Juliana Bierrenbach: Então, o que que eu tenho? Eu não tenho uma prova de que foi feito isso com o Flávio.
Luciana Pires: A gente quer essa prova
Juliana Bierrenbach: Qual é a prova possível de ser produzida? o SERPRO, ele produz.
Juliana Bierrenbach: Um relatório. Eu até trouxe um arquivo de exemplo, que é uma apuração especial. Chama apuração especial do Serpro.
Juliana Bierrenbach: O Serpro consegue levantar todos os acessos que foram feitos antes do início da investigação. Chama apuração especial do Serpro. Segundo o que me informaram.
Juliana Bierrenbach: A primeira pessoa que tentou fazer isso, que é uma pessoa, foi um sujeito que eu até coloco algumas coisas aqui pra pra pra que fique mais fácil de entender. É ele, funcionário da RECEITA, que começou a falar o seguinte, olha só, é, eu faço o que você está pedindo desde que você me mande um ofício determinando, e a partir daí foi feita uma perseguição e foi demitido efetivamente. Quando ele foi demitido, ele começa a tentar…
Juliana Bierrenbach: É, é, é divulgar, e denunciar esse esquema, não só…
Juliana Bierrenbach: Porque ele trabalhava já no, no tal do score zero sete, que é o escritório da corregedoria zero sete.
Juliana Bierrenbach: Que é quem faz todo esse esquema, né? Então, leva um. Eles levam um ano para conseguir essa apuração, porque se você consegue essa apuração, você consegue perceber que, muito antes do que eles declaram o Eduardo em especial, eles dizem ter começado a investigação por meio de uma denúncia anónima, e eles não começam…
Juliana Bierrenbach: A gente vê pela apuração especial dele que, um ano antes, eles já estavam pesquisando.
Juliana Bierrenbach: E eles não pesquisam. Eles não pesquisam pouca coisa, eles pesquisam.
Juliana Bierrenbach: Eles pesquisam todas as bases. A quantidade de bases que eles pesquisam.
Juliana Bierrenbach: São bases que eu não sabia, que eu não sabia nem que existia.
Juliana Bierrenbach: Isso é, isso é de uma pessoa qualquer.
Luciana Pires: A base é. O que ele consegue acessar com a senha dele. Ele consegue ver de imóveis à compra de navio, à compra de
[inaudível]
Juliana Bierrenbach: Essa pessoa, por um relatório simples, por um relatório que qualquer advogado pediria a pessoa.
Juliana Bierrenbach: Esses acessos não aparecem.
Juliana Bierrenbach: Se você pede a apuração especial do Serpro, aparecem todos esses acessos que foram feitos, ou seja, você demonstra que não houve, é, é, uma investigação como deveria ser feita. É uma investigação completamente ilegal, inconstitucional e passível de nulidade de todos os pontos. Todos os pontos a gente consegue anular, entende?
Juliana Bierrenbach: Então, nesse caso aqui que eu trouxe, eu tava, se quiser eu mostro exatamente o que que acontece no caso desse. Foi feita, é…
Juliana Bierrenbach: Foi feita uma denúncia sobre isso. Quatro funcionários.
Juliana Bierrenbach: Quatro funcionários da Receita, que foram alvos dessas pessoas. Eles pedem ao sindicato dos Auditores Fiscais. Eles fazem uma representação, a partir dessa representação o sindicato…
Juliana Bierrenbach: O sindicato quer expulsar essas pessoas, esses quatro auditores, esses cinco auditores, do sindicato. Eles só queriam expulsão do sindicato por conta das condutas ilícitas. Fica provado por A mais B que eles praticam esse crime.
Juliana Bierrenbach: Um crime atrás do outro, né? De de acessos ilegais e de perseguição, destruição de inimigos. A partir do momento que eles fazem isso, o Procurador da República no Rio de Janeiro, me faz uma ameaça ao SINDIFISCO, determinando…
Juliana Bierrenbach: Ele fala que é uma recomendação, não é uma recomendação. Ele determina. Ele exige que o que o SINDIFISCO pare a investigação. Não só essa investigação, mas qualquer investigação feita contra a corregedoria, assim, sob pena deles responderem…
Luciana Pires: Aqui, ó. Ensejará, segundo parágrafo, uma recomendação, mas se não parar com a investigação imediatamente contra essa cúpula da receita ensejará o ajuizamento de medidas judiciais cabíveis no sentido de sua imposição e de promoção de responsabilidade pelas violações da lei, que venham a ser identificadas pelos danos morais. Procurador da República falando de dano moral, causada à coletividade, inclusive pessoalmente contra os responsáveis pelas apurações indevidas, levadas a efeito, pelo SINDIFISCO, que é o sindicato que está exatamente lá para coibir isso…
Luciana Pires: Contra servidores lotados em órgãos da corregedoria. Não é para fazer essa, e nenhuma outra futuramente, não pode mais investigar.
Juliana Bierrenbach: Aí, basicamente. E depois disso, a AGU, a AGU ingressa com uma ação contra o SINDIFISCO. O juiz aqui de Brasília, determina que a UNIÃO saia do polo ativo, e determina também a incompetência, porque é um absurdo isso. E a CGU também faz uma representação contra eles, né? Então, assim é, é o seguinte, qualquer pessoa que tente que chegar a esse grupo…
Juliana Bierrenbach: É perseguida por todos os lados.
Alexandre Ramagem: De quando é essa peça?
Luciana Pires: A manifestação do Procurador? Acha aí.
Juliana Bierrenbach: De novembro, de novembro do ano passado.
Alexandre Ramagem: Têm os quatro auditores?
Juliana Bierrenbach: Os auditores todos estão, então tem tudo aqui.
Luciana Pires: A gente tem uma sentença do do Itagiba, inclusive do Catta preta, que é o tio do advogado do Queiroz, né? E, ele determinando uma apuração especial do Serpro, e lá ele consegue detectar essas senhas invisíveis.
Juliana Bierrenbach: Ele ele não consegue só isso. Ele consegue demonstrar que essas pessoas conseguem colocar dados falsos de computador sem responder.
Luciana Pires: Que a perícia, gente. A sentença dele tá aí, a sentença diz que a perícia constatou que os dados foram inseridos posteriormente à apreensão do computador.
Juliana Bierrenbach: Então o que que a gente gostaria assim pra resumir também, pra poder não tomar o tempo é de vocês que é precioso.
Juliana Bierrenbach: A gente gostaria que essa, essa, essa apuração do Serpro em relação ao Flávio, a esposa do Flávio, eu, nós, nós não temos procuração para isso, mas, eu acredito que dos irmãos…
Juliana Bierrenbach: Da família toda do Flávio, deveria ser feita.
Juliana Bierrenbach: Para saber, para mostrar quem são os…. Porque a partir do momento que a gente tem essa apuração, uma dessas aqui do Flávio, a gente consegue, é, que a gente consegue pedir a nulidade disso tudo. E a gente não consegue pedir só a nulidade do caso do Flávio, porque.
Juliana Bierrenbach: A grande questão é quando falar o seguinte. Ah, que o, o presidente da República está querendo se utilizar da estrutura da presidência para defender o filho, só que esse caso aqui, essa, isso que a gente descobriu.
Juliana Bierrenbach: Pode pode beneficiar, de uma forma ou de outra, todas as pessoas que foram atacadas. Então não dá para dizer que é uma coisa partidária, ideológica. Eles têm.
Luciana Pires: [inaudível] Atuação do GSI.
Juliana Bierrenbach: Então, com isso a gente consegue anular a Furna da Onça de um modo geral.
Luciana Pires: É, mas, a outra ação seria uma reclamação no supremo quando foi julgado, quando foi julgado aquele recurso, no sentido de que poderia começar a investigação.
Jair Bolsonaro: [inaudível] julgados na Furna da Onça, um dos deputados estão trabalhando, pra se defender?
Luciana Pires: Não, não, ninguém, não. Ninguém tem noção disso aqui.
Jair Bolsonaro: O maior culpado na Furna da Onça etc, é o Flávio.
Juliana Bierrenbach: É verdade? É isso? Não só não é que.
Luciana Pires: Ele é o maior culpado. Ele é o único culpado.
Jair Bolsonaro: Os demais então tão tranquilo. Aquele de quarenta e nove milhões, ele representa a ALERJ.
Juliana Bierrenbach: É. É.
Luciana Pires: [inaudível] perguntou pra mim. Luciana, sabe me dizer se tem alguma coisa contra mim. Não sei, presidente. Eu não sei se tem alguma coisa contra o senhor. Eu não sou advogada do senhor. Olha que loucura.
Juliana Bierrenbach: E aí. Tudo que eu estudei, do tudo que eu estudei do Flávio, lá dos imóveis de Flávio e tudo mais, acho que não tem, não tem nada, eu não. Aí eles reclamam que a gente não entra no mérito, mas a gente não tem que. Entrar no mérito.
Juliana Bierrenbach: Agora, porque o processo está totalmente ilegal.
Luciana Pires: A gente vacinar o MP.
Luciana Pires: Do que a gente tem.
Luciana Pires: Eu eu vou, eu vou, eu vou dar margem para eles, contra-atacar. Eles não têm a menor noção que a gente sabe disso. Não.
Luciana Pires: Qual seria a outra opção que a gente poderia fazer sem ser através da GSI? Eu entrar com uma reclamação no Supremo.
Luciana Pires: Porque a forma, em tese, o relator é o Gilmar Mendes.
Luciana Pires: É temerário. Eu não sei qual a relação que ele tem com essas pessoas. Eu já não sei de mais nada, tá? Eu já, eu não sei, eu acho que ele vai definir. Eu acho que ele vai deferir. Não tem como ele não deferir. Mas eu acho que ele vai deferir. Pedir uma apuração especial do Serpro, para dizer o seguinte: olha, pode começar sim…
Luciana Pires: Uma investigação através de relatórios ajudando o COAF, mas de formas.
Luciana Pires: É é, é.
Luciana Pires: As comunicações são formais, transparentes, não é você mandar por e-mail, tem comunicação no e-mail pra pra, para a receita direto do MP com a Receita Federal, sem passar pelo Judiciário!
Juliana Bierrenbach: Não.
Juliana Bierrenbach: O que é mais curioso é o seguinte: Depois que começaram, essa é a terceira ou quarta apuração especial que se consegue. Eles começaram a tentar depois de uma decisão do Supremo, dizendo que eles podem conversar, né? Os órgãos de controle podem conversar entre eles…
Juliana Bierrenbach: Só que tem que ser tudo formalizado, porque precisa haver um controle posterior. Eu eu juntei aqui uma informação da corregedoria da Receita Federal, dizendo o seguinte, que não, não é necessária a formalização.
Juliana Bierrenbach: Porque depois, com a instauração de PAD, qualquer irregularidade fica suprida. Imagina isso?
Luciana Pires: Ontem, ele, eles, eles fizeram a proeza de ontem, provavelmente estão desconfiados, tá?
Juliana Bierrenbach: Eu acredito que eles já possam estar desconfiados de alguma coisa.
Luciana Pires: Porque ontem saiu uma publicação, curiosamente, ou seja, o dia que a gente está se preparando para vir para Brasília, que eu estou falando com o Flávio há um tempo, mas a gente estava levantando esse [inaudiível] de apuração especial, que é realmente constar tudo. Essas decisões aqui está que constatam que eles invadem a senha mesmo, de outras pessoas que sofreram.
Luciana Pires: O juiz readmitindo que um funcionário público.
Luciana Pires: Porque viu que foi de uma forma ilícita. É o modus operandi deles! A gente está falando de quatorze anos.
Luciana Pires: E agora provavelmente está na publicação ontem dizendo, olha, como se fosse um compliance.
Luciana Pires: Né, Juliana.
Juliana Bierrenbach: Não.
Juliana Bierrenbach: Eles instituíram um compliance para a Receita Federal.
Luciana Pires: Quem controla?
Juliana Bierrenbach: Quem controla são essas pessoas.
Luciana Pires: Pessoal, a [inaudível] só vai pesquisar de forma transparente. E eu vou à pergunta, [inaudível).
Juliana Bierrenbach: E o que que acontece? A gente precisa que isso seja feito o quanto antes.
Juliana Bierrenbach: Por quê?
Juliana Bierrenbach: É, a nossa impressão é que o Flávio não vai parar de apanhar.
Juliana Bierrenbach: [inaudível] Não não vai parar de apanhar. E um negócio desse é complicado. Eu entendo o grau de problema que isso pode trazer.
Juliana Bierrenbach: Por quê? Porque não é só a Receita Federal do Brasil, é a corregedoria da Receita Federal do Brasil.
Juliana Bierrenbach: Eles estão lá há quatorze anos. Eles fazem, eles mudam, criam substituto. Aí entra. Aí eles fazem aquele sistema de rodízio pra [inaudível).
Augusto Heleno: Isso aí explica a roubalheira, né. Vinte anos, né, de roubalheira.
Juliana Bierrenbach: Isso explica. Isso explica. Isso explica tudo.
Alexandre Ramagem: Bem, essa questão já foi judicializada em algum momento? [inaudível] do Ministério Público.
Luciana Pires: Não. Cautela. Eu não faço nada sem.
Luciana Pires: Falar.
Luciana Pires: Com o Flávio antes.
Luciana Pires: Entendeu, Presidente.
Alexandre Ramagem: Tem que haver uma análise, contundente. Se é algo realmente robusto essa questão desses quatro auditores. E se realmente foi esbarrada no Ministério Público.
Alexandre Ramagem: Porque esse é o caminho correto de averiguar alguma possível vulnerabilidade ali. O que circula realmente é a promiscuidade entre MP e Receita, desde o começo. Não é apenas o COPEI, é o SPEI, na ponta.
Juliana Bierrenbach: O SPEI. Com certeza! Exatamente.
Alexandre Ramagem: Nenhuma novidade. Que bate na questão do e-mail que já é sempre levantado com a quebra do sigilo bancário.
Juliana Bierrenbach: Exatamente.
Alexandre Ramagem: Isso é bastante robusto. Qualquer que seja um ministro do STF, ele vai abraçar essa causa.
Alexandre Ramagem: Nessa questão, abraça sim.
Luciana Pires: Desculpa, desculpa. Flávio me falou pra eu não fazer isso, porque ele acha temerário.
Alexandre Ramagem: Calma, calma. Não neste momento é questão política.
Juliana Bierrenbach: Mas deixa eu te dizer. Isso já foi levado no STF por uma das vítimas. O Alexandre de Moraes, o Alexandre de Moraes.
Alexandre Ramagem: Ele sempre pega uma autoridade a dedo para, da, da questão do do RIF. Se você, estou colocando a parte da prova do RIF. Que três ministros do STF já tiveram esse problema com a receita no nível local, o próprio Gilmar Mendes.
Alexandre Ramagem: Se vier pela via do GSI, não é o mais correta. Por quê? Porque são dados diferentes, de inteligência, dados ordinais.
Alexandre Ramagem: Nós estamos numa celeuma. A inteligência está sendo atacada, o STF, não está num bom momento pra isso.
Alexandre Ramagem: Mas, esses são dados é, fiscais e bancários que eles vão colocar como sigilo. Então o GSI não vai ter acesso, por uma barreira da própria Ministério da economia. O próprio ministro Paulo Guedes não vai poder estar do lado.
Alexandre Ramagem: Politicamente, o general Heleno vai ser, vai ser crucificado, como pessoalidade em prol do Flávio Bolsonaro. Está provocando essa questão em prol do do processo. Acredito que não seja o melhor caminho.
Juliana Bierrenbach: Mesmo com a previsão legal?
Alexandre Ramagem: Mesmo com previsão legal. Nesses juízos de exceção que está tendo no STF agora. A previsão legal, não quer dizer nada.
Luciana Pires: É, a gente obteve uma informação de que o Gilmar Mendes, ele é intimamente ligado ao chefe da Receita, [inaudível].
Alexandre Ramagem: Então. Exatamente.
Alexandre Ramagem: Tem que perquerer o lado bastante robusto.
Alexandre Ramagem: Que não venha a dar qualquer tipo de [inaudível] contrária. Para que não se dê a decisão de nulidade. Porque a questão é o RIF inteiro, está se perquirindo.
Alexandre Ramagem: Aí vem todas as partes dos requisitos, né? A pessoalidade em cima do Flávio.
Alexandre Ramagem: O dever da obrigatoriedade da ação penal, que nenhum dos outros cinquenta vezes mais são diligências para não dar juízos conflitantes. Só a do Flávio que anda.
Alexandre Ramagem: Se alguém está com problema.
Augusto Heleno: Se colocar uma decisão do supremo, aí corta.
Alexandre Ramagem: Exato! Tem que saber lidar.
Luciana Pires: O que que acontece. O que a gente tá pedindo pro GSI não é a nulidade. A gente não [inaudível).
Alexandre Ramagem: Vocês estão querendo uma, pro Serpro? Mas vinculado a um dado da Receita.
Alexandre Ramagem: O Serpro vai dar, não, esse dado é fechado, é de sigilo fiscal e bancário. Nas próprias legislações de inteligência, coloca o pedido investigação criminal e sigilo bancário e fiscal, eles não podem entrar.
Alexandre Ramagem: Não estou querendo, estou querendo te ajudar no caminho, pelo critério que vocês estão no caminho de demonstrar uma nulidade indevida que esse é o ponto nodal da questão.
Juliana Bierrenbach: Não, mas a gente está, a gente tem, a gente tem procuração das pessoas para pedir isso.
Juliana Bierrenbach: A pessoa, o sigilo.
Juliana Bierrenbach: É pra resguardar.
Alexandre Ramagem: Estou querendo colocar que vai acionar o Ministério palaciano, para fazer uma provocação de uma questão concreta judicial, em cima do Flávio, que não vai ter sucesso.
Juliana Bierrenbach: Você acha?
Alexandre Ramagem: Tenho Certeza.
Juliana Bierrenbach: Você acha que, ou seja, apuração especial do Serpro não vai constar?
Alexandre Ramagem: Porque a inteligência, o GSI, não pode ter acesso a esses dados.
Alexandre Ramagem: De quebra de sigilo bancário e fiscal da Receita. Tem que vir de dentro da Receita, no Serpro.
Augusto Heleno: A determinação agora, reforçando, a gente já não tinha, e agora?
Augusto Heleno: Saiu a determinação.
Alexandre Ramagem: Alterou o COPEI, alterou o COPEI. Não sei se está vinculado a partir de agora.
Alexandre Ramagem: Tem que verificar com calma as pessoas que estão ali tentando fazer uma porque, quem é o ESPEI dessa época, que eu conheço, realmente estava fazendo esse trabalho que.
Alexandre Ramagem: Você está falando?
Juliana Bierrenbach: Quem?
Luciana Pires: [inaudível] É que tinha quatro chefes há quatorze anos, sem motivação. Tirar um, entendeu?
Juliana Bierrenbach: O atual corregedor, o atual corregedor da Receita Federal.
Juliana Bierrenbach: Que é 0?
Juliana Bierrenbach: Barros. Pode ser?
Alexandre Ramagem: O secretário da Receita é um cara…
Alexandre Ramagem: Muito bom.
Juliana Bierrenbach: Bacana.
Alexandre Ramagem: Ele, ele não está vinculado. Um cara sério!
Juliana Bierrenbach: Ele é ele, ele é esse, o Tostes, o que eu soube, presidente, é que o Tostes, ele não, ele, ele é uma ótima pessoa, ele não faz parte desse esquema, mas o corregedor, salvo engano, não Esposelo é lá embaixo, é lá no Rio, no score zero sete. O Barros, ele não apenas, assim, com todo o respeito, eu tô falando isso assim, não quero…
Juliana Bierrenbach: Ser leviana, de de de… é, é…
Juliana Bierrenbach: Apontar o dedo pra alguém. Mas, pelo que eu já verifiquei, essa denúncia inteira, uma denúncia semelhante a essa, foi enviada para ele…
Juliana Bierrenbach: E ele simplesmente não fez nada. O negócio é o seguinte. Se a corregedoria.
Juliana Bierrenbach: Você, você mostra para corregedoria da Receita Federal, que um grupo de pessoas, os que um dos escritórios corregedoria está plantando ilícitos, recorrentemente para destruir pessoas e reputações, e o corregedor da Receita, simplesmente se cala, não apenas se cala, como em relação ao SINDIFISCO, ele ameaça o SINDIFISCO!
Juliana Bierrenbach: Ele está, ele está. Ele está prevaricando, a prevaricação dele é incontestável!
Juliana Bierrenbach: Se ele não tivesse…
Juliana Bierrenbach: Permanecendo…
Juliana Bierrenbach: Nessa posição que ele está, se ele não permanecer na posição que ele está, é possível fazer essa averiguação. Eu entendo que, por que que?
Alexandre Ramagem: O SINDIFISCO acabou sendo coagido, pelo que vocês estão relatando. Foi travado [inaudível].
Juliana Bierrenbach: Foi totalmente travado.
Alexandre Ramagem: É o mesmo pessoal, que está com o mesmo, é a mesma vontade de de apurar essa questão?
Juliana Bierrenbach: O SINDIFISCO?
Alexandre Ramagem: Isso. Vocês tiveram algum contato ali?
Juliana Bierrenbach: Ali eu tenho aqui, a eu tenho, eu tenho, O relatório do Conselho de Árbitros do SINDIFISCO.
Juliana Bierrenbach: Mostrando.
Juliana Bierrenbach: Item por item, das irregularidades que essas pessoas praticam.
Juliana Bierrenbach: Indicando que eles sejam excluídos dos quadros do SINDIFISCO.
Juliana Bierrenbach: E aí, a partir dessa manifestação do SINDIFISCO, o Procurador da República do Rio de Janeiro vai para cima do SINDIFISCO, e ameaça o SINDIFISCO dizendo: se vocês continuarem investigando a corregedoria, vocês vão ser processados, inclusive pessoalmente. Como é que a gente pode dizer que essa pessoa não está em conluio?
Juliana Bierrenbach: Inclusive, nós temos, eu não coloquei aqui, mas eu já tenho algumas outras decisões ou manifestações, esse mesmo Procurador da República.
Juliana Bierrenbach: Fazendo a mesma coisa em outras situações, demonstrando por A mais B, que ele está passando panos quentes em cima das ilegalidades praticadas por esse grupo, né? Houve uma manifestação do procurador, que não ligou essa manifestação do procurador.
Luciana Pires: Houve uma manifestação do procurador, que não ligou.
Juliana Bierrenbach: Essa manifestação do Procurador, que foi agora em novembro, tá? Ele ameaça o Procurador.
Luciana Pires: Em dezesseis anos de militância eu nunca vi.
Juliana Bierrenbach: Depois entra a AGU…
Juliana Bierrenbach: E me faz um, um, uma inicial com sessenta e uma laudas, francamente sessenta e uma laudas, a AGU….
Juliana Bierrenbach: A AGU não tem tempo para fazer isso! A gente que é advogada privada, é difícil fazer uma peça grande. Aí vem o juiz e mostra…
Juliana Bierrenbach: O juiz demonstra a ilegalidade do que tá sendo feito. E aí, e aí no final…
Juliana Bierrenbach: Vem a CGU, e faz a mesma coisa. Detalhe: uma das vítimas, me faz uma… manda um e-mail pro Barros.
Augusto Heleno: A CGU defende a CORREGEDORIA DA RECEITA, então?
Juliana Bierrenbach: Defende. E aí o juiz fala assim, olha, isso que vocês estão falando… A União não tem que ser polo ativo nisso. Exclui a UNIÃO, não é que defende a corregedoria… Não é a corregedoria. São essas pessoas.
Alexandre Ramagem: Então não houve uma lide que coincide. Entendi, foi [inaudível).
Juliana Bierrenbach: [inaudível).
Alexandre Ramagem: Os pareceres da AGU.
Juliana Bierrenbach: O parecer da, veio a manifestação da AGU, né? Veio a inicial feita pela AGU, eo juiz falou assim, olha, AGU.
Juliana Bierrenbach: A AGU não tem que se meter nisso, isso é uma questão privada dessas pessoas?
Juliana Bierrenbach: Eu nunca vi a AGU se meter em questão privada.
Alexandre Ramagem: Não é o [inaudível] de recurso, nem necessário o segundo grau?
Juliana Bierrenbach: Não, não. Até onde eu seu.
Luciana Pires: Eles inventam isso exatamente para coagir. Eles têm todo o aparato nas mãos deles. Então eles não são investigados pela procuradoria. A corregedoria está fechada com ele.
Luciana Pires: Eles fazem o que eles querem a quatorze anos e tá tudo certo.
Augusto Heleno: Quem assina pela AGU é advogado [inaudivel].
Alexandre Ramagem: Não. É lá de baixo. Primeira instância.
A partir desse momento, os participantes da reunião passam a falar entre si ao mesmo tempo, o que prejudica a transcrição.
Luciana Pires: Não sei se o senhor viu, presidente, há um tempo atrás uma matéria que eles fizeram uma relação de todos os assessores.
SPK_2: Desde a época do seu primeiro mandato, eu, eu, quando eu li aquilo.
Jair Bolsonaro: Eu comigo, por exemplo, eu sabia, a imprensa foi á e pegou a minha relação de oitenta e nove e noventa. Dos funcionários e vereador.
Luciana Pires: De todo mundo.
Luciana Pires: Igual, é a mesma coisa [inaudível].
Luciana Pires: Sabem detalhes da vida.
Jair Bolsonaro: [inaudível].
Jair Bolsonaro: Por que investigar o Frederico? Por que investigar o Frederico?
Luciana Pires: Por que investigar o Frederico?
Luciana Pires: [inaudível] É o advogado do presidente, é o advogado do Flávio. Eles tentaram fazer isso comigo, eles tentaram. Só que eles não conseguiram.
Luciana Pires: A gente tem interações lá na, no Ministério Público Federal.
Luciana Pires: Fizeram pirâmide do Fred.
Luciana Pires: Com as coisas das filhas dele quanto transferir isso num é relatório normal de COAF. E outra coisa [inaudível).
Luciana Pires: [inaudível] O que isso tem a ver com a investigação do Flávio? Nada. Tem indícios de crime? Instaura um procedimento próprio. E que a competência pare no Rio de Janeiro.
Luciana Pires: As empresas não funcionam no Rio de Janeiro.
Luciana Pires: Ele não fez tratativas no Rio de Janeiro. Ele não tem a base dele de trabalho, o [inaudível), não [inaudível] no Rio de Janeiro. Me fala por que o Fred vai ser investigado [inaudiível).
Jair Bolsonaro: Vai ser investigado por que, o Fred?
Luciana Pires: Porque, apareceu um RIF espontâneo com lavagem de Dinheiro.
Luciana Pires: [inaudível] Pagou médico para Queiroz. Qual o problema?
Luciana Pires: Me fala qual é o problema. Me fala qual é o problema pegar o meu Dinheiro [inaudiível]globo.com.
Jair Bolsonaro: Fred pagou [inaudível] pagou como? DOC, Dinheiro. Pagou como?
Luciana Pires: Transferência bancária do médico.
Jair Bolsonaro: Mas qual é o problema?
Luciana Pires: Zero, zero.
Luciana Pires: Aí o que que acontece? Apareceu no RIF transferência do médico [inaudível]
Luciana Pires: E, eles falam, que isso é uma movimentação atípica e começam a varrer a vida dele, que ele recebeu quatorze milhões [inaudível].
Jair Bolsonaro: [inaudiível] dessa empresa da mulher dele.
Luciana Pires: [inaudível] empresa da mulher dele. Exatamente.
Luciana Pires: Aí? É. [inaudível).
Luciana Pires: Trouxe dinheiro dos Estados Unidos, [inaudível], tem que transferir, que a conta dele tá tudo lá.
Jair Bolsonaro: [inaudível] há anos.
Jair Bolsonaro: Não é?
Jair Bolsonaro: [inaudível] não é comigo.
Jair Bolsonaro: Inclusive [inaudível], do meu governo, caiu a, o contrato do governo.
Jair Bolsonaro: Devia aumentar, né?
Augusto Heleno: É, lógico. Lógico.
Luciana Pires: Pois é, e de qualquer forma, ainda que tivesse [inaudível] sim, porque eu não vejo que eu não vejo nenhum, mas sinceramente.
Luciana Pires: Por que isso estaria na investigação do Flávio, qual é a relação
Luciana Pires: Da conduta do advogado dele, da empresa dele com.
Luciana Pires: O Flávio Bolsonaro. Tá entendendo essa história? Olha só, deixa eu te mandar essa [inaudível]
Juliana Bierrenbach: [inaudível] porque ele estava interessado, de fato, naquelas outras pessoas ali.
Juliana Bierrenbach: Se quando aparece [inaudível] ligado ao Flávio, considere o seguinte. Quando perceberam o potencial do presidente ser eleito e sabendo que [inaudível] inseridos naquele contexto, né.
Juliana Bierrenbach: E como [inaudiível] a campanha do presidente é o combate à corrupção. O que que eles devem imaginar? [inaudível] a gente tem que ir por esse caminho pra estruir o [inaudível)
Alexandre Ramagem: Até hoje.
Juliana Bierrenbach: E é o que tá acontecendo. Só que se a gente consegue fazer isso daqui. [inaudível).
Luciana Pires: Olha presidente, vou te falar uma coisa. Que acerto uma pessoa séria vai fazer [inaudível] um homem de coragem e eu contei algumas coisas pra ele.
Jair Bolsonaro: [inaudiível] você conversou com ela?
Luciana Pires: [inaudível] fui despachada. E contei pra ele o meu
[inaudível]
Luciana Pires: [inaudível] Do Flávio, né. [inaudível] esse procedimento na, na corregedoria. Aliás, hoje, o Humberto Martins instaurou um PAD contra ele.
Luciana Pires: O amigo dele foi preso e ele tinha uma empresa que nunca funcionou, que ele achou que fosse, ele é meio escritor, [inaudível] que nunca funcionou.
Luciana Pires: Se eles [inaudível] o último voto, foi voto de ofício [inaudiível] STJ. O Aras já falou que foi [inaudível] pra ele. Já foi despachar.
Juliana Bierrenbach: [inaudiível] e é por isso que eu te digo, sabe quem fez isso aqui? A corregedoria da Receita. [inaudiível).
Juliana Bierrenbach: Não é o Ministério Público Federal. Eu acho que [inaudível).
Jair Bolsonaro: Qual o objetivo final de [inaudível]? Não tenho nada. Atingir [inaudiível]. Não devo nada. O único imóvel meu, comprei em dois mil e onze.
Augusto Heleno: Essa globo [inaudivel]Essa globo. Isso parece que não terminou.
Alexandre Ramagem: [inaudível] MPF e com a Polícia Federal [inaudível].
Juliana Bierrenbach: Essa é a defesa? É?
Jair Bolsonaro: Agora [inaudiível), eu fico admirado [inaudível).
Jair Bolsonaro: É impressionante. O que eu sempre digo a todos [inaudiível)].
Juliana Bierrenbach: A gente precisa fazer uma forma, de chegar a esse, a essa informação. O resultado da apuração especial do Flávio e da mulher do Flávio.
Alexandre Ramagem: Nesta possibilidade o caminho tá dado. [inaudível].
Juliana Bierrenbach: [inaudível] lá na Receita Federal, no Serpro.
Alexandre Ramagem: [inaudível] é o Serpro.
Juliana Bierrenbach: É. O que que você vai [inaudível] os bens.
Alexandre Ramagem: [inaudível] vai é, piorar. Não vai conseguir mudar [inaudiível).
Juliana Bierrenbach: A gente combinava de fazer o seguinte, olha só. Essa pessoa, essa pessoa e todas as pessoas [inaudível).
Juliana Bierrenbach: Essa pessoa mandou um e-mail para o Barros, que é o corregedor-geral da Receita Federal. E o Barros não respondeu, então o que ela fez, ela fez uma notificação dos [inaudível] ou seja, a gente não tem como dizer que não recebeu. Recebeu a denúncia de [inaudivel].
Juliana Bierrenbach: A vida do Flávio está recebendo [inaudivel).
Alexandre Ramagem: Sentenciou.
Juliana Bierrenbach: Sentenciou.
Alexandre Ramagem: As contas [inaudível]? [inaudiível] pra ele.
Juliana Bierrenbach: Tá. E aí eu posso fazer [inaudiível].
Alexandre Ramagem: [inaudível].
Juliana Bierrenbach: [inaudível] ofício e fala assim [inaudível] Ele tá pressionando [inaudível). Tá pressionando por quê? Eles precisam, eles precisam.
Alexandre Ramagem: [inaudível] também.
Juliana Bierrenbach: Exatamente. Então eles precisavam mesmo. Eu acho que uma coisa interessante que poderia ser feita. Não sei. [inaudível]. A gente poderia levar essas questões nessa consulta, nessa consulta [inaudiível).
Juliana Bierrenbach: Pra que fosse apreciada pelo ministério, pelo Paulo Guedes [inaudiível).
Alexandre Ramagem: [inaudível] que é obrigado.
Juliana Bierrenbach: [inaudiível] mas ele deve estar pra sair, mas pode sair tarde, pode sair tarde.
Alexandre Ramagem: O comandante.
Juliana Bierrenbach: É. E aí o que ele falou [inaudível] que ele vai. É. [inaudível] mas eu te passo.
Juliana Bierrenbach: Foi feito um pedido de reconsideração. [inaudível] um pedido de reconsideração. [inaudiível]
Alexandre Ramagem: Exatamente. Primeiro a gente [inaudível].
Juliana Bierrenbach: Então o que a gente pode, é entrar com [inaudível).
Alexandre Ramagem: [inaudível].
Jair Bolsonaro: Vinte horas agora. Vamos pegar amanhã aí?
Luciana Pires: Vamos. [inaudível] Oito horas da noite.
Jair Bolsonaro: É o caso de conversar com o chefe da Receita. Ele tá pedindo é um favor.
Luciana Pires: Não é favor não, presidente.
Jair Bolsonaro: Ninguém tá pedindo favor aqui. [inaudível] é o caso conversar com o chefe da Receita. O Tostes.
Luciana Pires: E não, não tem chance dele, sai disso aqui não, né [inaudível]?
Juliana Bierrenbach: Não.
Juliana Bierrenbach: Não, o Tostes não.
Alexandre Ramagem: [inaudível] é o secretário da receita. É o zero dois, não é isso?
Augusto Heleno: Não. O zero um.
Jair Bolsonaro: É o zero um dos caras. Era ministro meu e foi pra lá. Sem problema nenhum. Sem problema nenhum conversar com ele. Vai ter problema nenhum conversar com o Canuto.
Luciana Pires: Serpro?
Luciana Pires: Então ótimo.
Jair Bolsonaro: Eu caso conversar com o Canuto?
Luciana Pires: Sim, sim.
Luciana Pires: Com um clique.
Luciana Pires: Olha, em tese, com um clique você consegue saber se um funcionário da Receita [inaudível) esses acessos lá.
Augusto Heleno: Tentar alertar ele que, ele tem que manter esse troço fechadíssimo. Pegar de gente de confiança dele. Se vazar [inaudível).
Jair Bolsonaro: Tá certo. E, deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa. Que não estamos procurando favorecimento de ninguém.
Luciana Pires: Não, mas, não. Que não cometa o crime e que investigue.
Juliana Bierrenbach: Presidente? Até o próprio GSI.
Juliana Bierrenbach: Até o próprio GSl teria.
Juliana Bierrenbach: Teria atribuição pra isso. Pra fazer essa operação. Por quê? Porque, porque já se tem essa atribuição, mas eu. Eu concordo que pode gerar uma fragilidade, uma exposição, porque [inaudível].
Luciana Pires: [inaudível]ele sabe por alto dessas nulidades e tá bem tendencioso. Porque, o que que acontece? Em algum momento o Flávio vai ser denunciado! Na verdade, eu consegui brecar isso com um habeas corpus.
Luciana Pires: Tinha, eu vi ninguém, ninguém me perguntou. Eu li a denúncia, tem busca e apreensão até no gabinete do Senado. Têm promotores que não concordam com isso no Rio de Janeiro. Que não gostam dessas maldades, têm promotores que tem respeito pela família do senhor.
Luciana Pires: Né. Eu conheço as pessoas, já defendi alguns familiares deles, contra os próprios membros que fizeram esse tipo de maldade. Eu li, tá. Tinha a denúncia pronta, num jantar marcado, eles me odeiam, né, porque na verdade eu acabei com com a festinha deles de [inaudiível] Marfan, essa turma. No dia seguinte, teria uma megaoperação no HC.
Luciana Pires: Foi julgado o Habeas Corpus dia 25 de junho. Na quinta-feira, dia 26, a denúncia é recebida para decisão pronta do juiz de primeira instância. O Flávio Itabaiana, todo mundo sabe.
Jair Bolsonaro: O que que acontece. O Marfan que deu problema. teria alguma dificuldade de resolver esse problema? [inaudível]
Luciana Pires: O Marfan? O Marfan? Hoje não, hoje não. Hoje não. Na verdade, o Marfan, ele até criticou o PGJ, quando ele deu uma designação quando conseguiu o foro.
Luciana Pires: O que o Mussi fez? Apesar de ter foro, eu vou dar uma designação especial para a primeira instância continuar investigando o Flávio. O Flávio é o único parlamentar com foro sendo investigado em primeira instância.
Luciana Pires: Quando ele [inaudivel] o procedimento.
Luciana Pires: De controle. [inaudível] do CNMP.
Luciana Pires: [inaudível] pra cassar essa decisão administrativa de designação especial, porque fere o princípio do promotor natural. Ou seja, eu infernizo a vida deles, entendeu? Mas eu não faço nada.
Luciana Pires: O Marfan falou, olha.
Luciana Pires: Você jamais poderia ter dado.
Luciana Pires: Uma designação especial para a primeira instância, investigar o filho do presidente sem querer arrumar um problema pra gente.
Luciana Pires: Agora não dá pra desfazer. [inaudível] entrar no cmp [inaudiível).
Luciana Pires: Aí eu falei, Flávio, quer que eu vá lá, discutir com ele? [inaudível] eu vou rever isso assim que ele prestar as informações. Então a gente vai conseguir isso.
Luciana Pires: O Marfan não é a favor disso, mas não é o chefe da instituição. E o Mussi faz o que quer. Então vai acabar em dezembro.
Juliana Bierrenbach: A gente tem [inaudiível)].
Jair Bolsonaro: [inaudível] mensagem no grupo, não?
Luciana Pires: Do, da procuradoria?
Luciana Pires: Na verdade é o Mussi. Que que ele faz? Quando ele deu uma designação para a primeira instância pra dizer: não sou eu que estou perseguido o Flávio não. Flávio, não sou eu, não. É a primeira instância.
Augusto Heleno: [inaudível].
Jair Bolsonaro: Mas eu te pergunto, por que essa maldade?
Luciana Pires: Ô, Presidente, eu acho que, olha só o Ministério Público ele é psicopata, mas eles são [inaudível).
Jair Bolsonaro: Olha só, eu fiquei sabendo que o Witzel ele já montou o Ministério dele pra vinte e três.
Luciana Pires: Já mudou.
Jair Bolsonaro: E tem idiota que acredita nisso. Impressionante.
Luciana Pires: Ele [inaudível] com o presidente da ALERJ. [inaudível].
Luciana Pires: Tem uma psiquiatra, é [inaudível). Ele tem uma falsa percepção [inaudível] presidente.
Jair Bolsonaro: O ano passado, no meio do ano, encontrei com o Witzel, não tive notícia [inaudível] bem pequenininho o problema. Ele falou, resolve o caso do Flávio. Me dá uma vaga no Supremo.
Luciana Pires: Olha isso!
Juliana Bierrenbach: Quem falou isso?
Jair Bolsonaro: O Witzel, né.
Luciana Pires: Olha isso!
Luciana Pires: Ele tem a Polícia Civil na mão.
Augusto Heleno: Sede de poder.
Jair Bolsonaro: Sede de poder.
Jair Bolsonaro: Então, você sabe o que vale você ter um ministro irmão teu no Supremo.
Luciana Pires: Pois é. Em verdade, o que queria fazer.
Luciana Pires: Eu ia colocar um Procurador-geral.
Jair Bolsonaro: É o Flávio Itabaiana [inaudiível] é o Flávio Itabaiana.
Juliana Bierrenbach: Era o Flávio Itabaiana.
Juliana Bierrenbach: Ele prometeu para o Flávio baiana. Era o Flávio Itabaiana.
Luciana Pires: E, meu irmão, nós defendemos os militares. Eu fui advogada do general Cerqueira na época do da da ditadura. Eu era sócia do Rodrigo Roca. Resumindo, todos os habeas corpus que que, que finalizou a comissão da verdade foi do meu escritório, né?
Jair Bolsonaro: Eu tenho que sair. Têm uns cinquenta empresários me esperando. [inaudível].
Jair Bolsonaro: Fazer uma coisa. Vocês querem falar com quem amanhã? Canuto?
Luciana Pires: Presidente? O senhor que determina.
Jair Bolsonaro: Não, não, não. A quem interessa pra gente resolver esse assunto?
Juliana Bierrenbach: Eu acho, o Serpro. O que a gente puder mesclar a opinião
Jair Bolsonaro: Eu falo com o Canuto. Agora isso aí eu falo com o Flávio então. Qualquer hora do dia amanhã.
Alexandre Ramagem: Fala com o Canuto pra saber do Serpro. Fala com o Canuto pra saber do Serpro, tá? [inaudível] é secretário da Receita.
Luciana Pires: Qualquer horário. O nosso voo é oito e quarenta da noite só. Eu já deixei a agenda livre pra conversar com [inaudível].
Jair Bolsonaro: O que acontece, o que acontece?
Jair Bolsonaro: Ninguém gosta de tráfico de influência. A gente quer fazer [inaudível).
Luciana Pires: Não. Outra coisa, só não bateram em mim até agora, presidente. Não sei se o senhor reparou, eu não dou entrevista. [inaudível].
Jair Bolsonaro: Dois meses e meio que eu não falo [inaudível].
Luciana Pires: As coisas acalmaram.
Luciana Pires: É que dá raiva mesmo, mas presidente, a gente ficou esperando que cada um.
Jair Bolsonaro: Eu errei. Eu errei duas vezes.
Luciana Pires: A gente tem nosso limite. A gente tem nosso limite, né.
Luciana Pires: O senhor fica vendo isso o tempo todo. Aí escuta um negócio desse.
Luciana Pires: Mas para evitar, só me venha, no dia do julgamento, do habeas corpus, que foi uma das minhas maiores vitórias na minha carreira [inaudível]. Não é que eu [inaudível] não dar entrevista. Mas sabe o que acontece? Eles vão me bater.
Juliana Bierrenbach: [inaudível] Da mesma forma. Meu pai tem essa formação aí [inaudível] Meu pai tá preferindo AMAN. Fez AMAN, fez escola de Educação Física do Exército. José Bonetti.
Augusto Heleno: Bonetti? Teu pai.
Juliana Bierrenbach: É.
Augusto Heleno: Eu sou muito amigo dele. Ele me conhece muito. Muito.
Juliana Bierrenbach: É, eu sei.
Augusto Heleno: Bonetti era filho do Havelange. Filho do Havelange. Até hoje, sensacional.
Juliana Bierrenbach: Você sabe o que aconteceu, né? Até que dia que ele foi, ele era filho do Havelange. Até o dia que o Ricardo Teixeira fez uma proposta.
Juliana Bierrenbach: No começo dos anos 90, fez uma proposta de corrupção para o meu pai, meu pai italianão de um metro e noventa, subiu em cima da mesa, e deu um soco na cara do Ricardo Teixeira.
Luciana Pires: Eu faria a mesma coisa se [inaudível).
Juliana Bierrenbach: Deu um soco.. Tá achando que eu sou moleque?
Jair Bolsonaro: [inaudível] Nenhuma pessoa aqui, fez qualquer conversa pra vamo dar um jeitinho. Nada, nada, nada.
Augusto Heleno: Não tem essa conversa.
Luciana Pires: O diabo sabe o que a gente faz. O diabo [inaudível).
Augusto Heleno: [inaudiível] Tem gente que fica triste é, que não tem esse tipo de conversa aqui.
Augusto Heleno: Tive com ele aqui na, na, na reunião da educação física aqui desse ano.
Augusto Heleno: É, o Bonetti foi muito bom jogador de basquete. Ele é um cara sensacional. Ele é muito respeitado na turma dele porque ele é muito inteligente.
Jair Bolsonaro: [inaudível].
Luciana Pires: [inaudível] Entendeu a importância? Entendeu? Eu, olha só, deixa eu falar uma coisa para o senhor. [inaudível]
Luciana Pires: Só deixa eu te falar uma coisa pro senhor.
Jair Bolsonaro: A gente conhece todo o time, a gente não sabe quando encontra [inaudível]
Luciana Pires: Que tudo que a gente tá falando [inaudiível] que eu não quero meu nome no jornal.
Jair Bolsonaro: Posso ficar com isso aí?
Luciana Pires: Por favor. A [inaudível] tá toda aqui. Com toda a documentação.
Augusto Heleno: Vocês querem levar e trazer amanhã?
Alexandre Ramagem: Isso. É a única que vocês têm?
Luciana Pires: Não, a gente. Não, temos outras.
Juliana Bierrenbach: Tenho, tenho. Acho que tem uma inicial aqui dentro. Aí tem toda a, a.
Luciana Pires: A documentação [inaudível] da apuração.
Juliana Bierrenbach: Eu tenho muitos outros documentos além desses. Muitos. Com toda franqueza, eu tenho documentação que vocês podem deflagrar operação amanhã. Com todo o respeito.
Juliana Bierrenbach: Eu não sou investigadora. Mas é porque o que a gente está fazendo é o seguinte, a advocacia criminal hoje…
Juliana Bierrenbach: Tem que ser. Tem que ter uma investigação defensiva, pesada, entendeu? Se nós não atuarmos nessa área da investigação defensiva.
Alexandre Ramagem: Isso mudou de quinze anos pra cá.
Juliana Bierrenbach: É.
Alexandre Ramagem: Ninguém trabalhava na investigação antes da ação penal. Agora o mais importante [inaudível).
Juliana Bierrenbach: E esse trabalho…
Juliana Bierrenbach: Aqui, ó.
Juliana Bierrenbach: Eu acho, eu com toda a humildade.
Luciana Pires: Onde eu deixei minha bolsa?
Juliana Bierrenbach: Tira foto, manda descer na imprensa.
Jair Bolsonaro: Vamo lá, [inaudível]. Vamo descer. Tá meio atrasado aqui [inaudiível]
Participantes saem da sala.
HNI: Tudo bem?
Alexandre Ramagem: Como vai, meu irmão? Tudo bom?
HNI: Tudo bem. [inaudível).
Juliana Bierrenbach: Tudo bem.
Luciana Pires: Mas acho que [inaudível).
Luciana Pires: [inaudível]. Não é fácil não, entendeu?
Alexandre Ramagem: Não, eu sei que não. Estou acompanhando bem o trabalho. É bom crer que cês tão num caminho bom.
Alexandre Ramagem: Cuidado com a. Têm alguns caminhos para ir, pra acertar.
Luciana Pires: Seu telefone é aquele que eu anotei [inaudiível]?
Alexandre Ramagem: Pra construir bem. Eu acredito que a melhor saída é dentro da Receita, pegando sério. Com uma apuração que não tem como voltar atrás. É uma apuração administrativa que se travar, judicializa. Tem que ser lá de dentro.
Juliana Bierrenbach: Mas tem que ser, ó.
Alexandre Ramagem: Não pode ser do agente político, ministro da economia, tem que ser na receita, mostrando que tem uma notícia para ele, para ele botar para baixo.
Juliana Bierrenbach: Eu acredito, aquele negócio que eu até mandei para você outro dia. Se a gente fizer um pedido de reconsideração. Se a gente faz um pedido de reconsideração da demissão do Eduardo.
Juliana Bierrenbach: Que tem toda a, que tem toda a prova, em que o corregedor da Receita já sentou em cima. Ignorou. Toda a prova de crime pra ele praticado pelos funcionários da corregedoria, e ele ignora. Ele é o corregedor-geral da Receita.
Luciana Pires: Que foi baseada nessas devassas, fortalece bastante [inaudível].
Alexandre Ramagem: [inaudível] pra dar um caminho. Aí vamos ver como é que a gente chega [inaudível].
Juliana Bierrenbach: E tem mais. Um negócio que eu não contei ainda, e que é importante falar, falar para os senhores…
Juliana Bierrenbach: É o seguinte: além disso, eu apurei, vou dar de presente assim, um brinde, né! Um bônus, é algumas outras ações da, desse grupo. Ele tem uma das ações que é da, da COSAN.
Juliana Bierrenbach: Sabe o caso da COSAN? Eles fizeram uma. Eles perdoaram uma dívida de um bi da COSAN, da ESSO. Então, eu tenho mais oito dessas.
Alexandre Ramagem: Já não foi no conselho aqui em cima?
Juliana Bierrenbach: Não.
Alexandre Ramagem: Foi lá?
Juliana Bierrenbach: Foi lá. Foi á em baixo.
Juliana Bierrenbach: Tudo é no Rio de Janeiro. Tudo é no Rio de Janeiro. Francamente.
Luciana Pires: Isso é papo. Olha só, Procurador-Geral da República vendo esse comportamento do, do pgf [inaudiível] passar pra ele.
Augusto Heleno: Isso explica também a roubalheira no Rio de Janeiro.
Augusto Heleno: Porque, quem tem moral para fazer alguma coisa com esse clima? Por isso é que [inaudível] que cada um roubou o que roubou. Eduardo Paes deve ter roubado muito. Secretário de Saúde roubou para cacete! O tal do Sérgio Côrtes.
Luciana Pires: General? Esse pessoal da Receita tem que sair de lá imediatamente. [inaudível].
Juliana Bierrenbach: A gente fez a delação [inaudível].
Alexandre Ramagem: Essa parte não serve [inaudível).
Luciana Pires: Quando tiver oportunidade, se tiver tempo, dá uma lida. Tem tudo [inaudível] têm quinze folhas. Tudo o que a gente fala tem gente que sabe. Tem um trabalho de dois meses pesquisando.
Luciana Pires: Tem um contato com o funcionário da Receita que foram demitidos por esses caras. Ah, tem enriquecimento ilícito. Ele ignora a herança que ganhou do pai, ele ignora que a mulher tem um salário [inaudiível] eles ignoram tudo. Demite o cara [inaudível)
Alexandre Ramagem: [inaudível] Eles estão adiantando. Quem tem o apurado vai acabar prescrevendo. Havendo essa prescrição, ainda se livrando de provas [inaudível] está mostrando a diligência. Obrigatoriedade [inaudiível] Qual que é a impossibilidade, qual que é o único inimigo. [inaudiível] MPF.
Alexandre Ramagem: É. Acho que lá embaixo produzindo [inaudível].
Augusto Heleno: Problema no HCE. Teve um diretor do HCE que [inaudiível] dentro do HCE. [inaudível] Mandou abrir um galpão. [inaudível] Tinham ambulâncias UTI, zero quilômetro que nunca entrou em carga para não romperem o contrato com a empresa que fazia o serviço.
Luciana Pires: [inaudível] são questões políticas. Até aí, ok. [inaudiível].
Participante conversam entre si ao mesmo tempo.
Alexandre Ramagem: A crise bancária. [inaudiível] Eles queriam também, quis vincular ministros do supremo à causa deles. [inaudível).
Luciana Pires: É usado por todo mundo. Ninguém gosta dele.
Alexandre Ramagem: Não tá sabendo construir o caminho.
Luciana Pires: [inaudível] Que a Mônica vota com a parecerista. [inaudiível].
Alexandre Ramagem: Vocês vão embora quando?
Luciana Pires: Assim, ó. [inaudível] Mas eu vim pra cá pra resolver esse problema. Meu voo está marcado pra amanhã oito e quarenta.
Alexandre Ramagem: Vocês estão vindo direto pra Brasília?
Luciana Pires: Basicamente, semana sim, semana não.
Alexandre Ramagem: Estando presentes na [inaudível] compensa conversar é o Canuto e mais importante com a Receita. Eu vou falar, também. Pedir autorização pra falar lá também.
Luciana Pires: Ah, é. Eu acho que o importante vai ser sinalizar.
Luciana Pires: Aí conseguimos. Eu quero enrolar isso, até próximo da investigação. A gente vai conseguir seis composições importantíssimas pro Flávio na [inaudível) especial.
Luciana Pires: [inaudível] Não fazem parte da composição. Eu acho que.
Alexandre Ramagem: Onde estão seus celulares? [inaudível] o celular de vocês.
Luciana Pires: O quê? Estava na recepção. Eu acho que tá aqui.
Alexandre Ramagem: Vocês entraram por onde? Por lá?
Luciana Pires: A gente entrou por aqui.
Alexandre Ramagem: Vocês estavam na casa do [inaudível).
Luciana Pires: Não. A gente estava no B Hotel. Não, não. Meu pai inventou de ir lá. Porque ele queria vir, né. Ele tá ansioso com isso.
Alexandre Ramagem: Aqui vocês deixaram o celular, não foi?
Augusto Heleno: Gente, muito obrigado aí.
Luciana Pires: General, um grande prazer.
Juliana Bierrenbach: Igualmente, muito obrigado.
Augusto Heleno: Diz para o seu pai que eu mandei um [inaudível] pra ele. Gosto muito dele, viu.
Juliana Bierrenbach: Ah, ele também gosta muito do senhor. Admira profundamente o senhor.
Augusto Heleno: Admirador dele. Eu fiz concentração física, eu era segundo tenente. E ele instrutor, ele era da CBF.
Augusto Heleno: E logo depois ele acompanhou o Havelange, não sei o quê.
Augusto Heleno: Sumiu um pouco do circuito, mas eu gosto muito dele.
Augusto Heleno: Gosto muito dele mesmo.
Juliana Bierrenbach: E ele. E é recíproco.
Alexandre Ramagem: Vou acompanhando [inaudiível].
Augusto Heleno: Tá legal. Amanhã eu não tô aí. [inaudível]
Alexandre Ramagem: Ah, é. [inaudível]. A gente conversa então.
Alexandre Ramagem: De quinta não vai com ele não, né?
Augusto Heleno: Não.
Alexandre Ramagem: Quinta eu, acho que eu vou lá, te falei.
Alexandre Ramagem: Então tá, vou me despedir de vocês, então. Até mais. A gente se fala.
Alexandre Ramagem: Como vai, tudo bem? Não vejo mais vocês, né? Da COVID.
Alguém: Olá! Tudo bem?
Alexandre Ramagem: Todo mundo já teve, nem eu.
MNI: Nem eu.
MNI: Então tá [inaudível].
Alexandre Ramagem: Ou então a gente já teve e nada, né.
MNI: Não, é. Não, mas assim, a gente é, nós não tivemos, não. Pelo menos até duas semanas atrás [inaudível).
Alexandre Ramagem: [inaudível] Até mais, hein.
Alexandre Ramagem: Vocês entraram pelo elevador de lá ou de lá?
Juliana Bierrenbach: Olha, eu confesso que eu não faço a menor ideia. [inaudiível].
Alexandre Ramagem: E a questão da, do foro dele, você não trava no STF? Porque eu sei que você conhece, tinha mantido.
Luciana Pires: No site de reclamação? Só se eles inovarem e inventarem.
Alexandre Ramagem: Se tivesse mantido [inaudível] estaria com foro, não é isso?
Luciana Pires: É aí só.
Alexandre Ramagem: Tem uma turma lá.
Luciana Pires: Olha só. Ele não perdeu o foro. Ele trocou o.
Alexandre Ramagem: Eu acho que eles, você tem que comentar o distinguishing na outra turma.
Alexandre Ramagem: Que aí eu acho que a turma vai, vai pro lado dele. Não tem hierarquia de cargo legislativo, certo? Pô, mas dá para se atribuir que, para chegar a senador é muito mais difícil.
Luciana Pires: Certo. Não tem desincompatibilização também.
Alexandre Ramagem: Então, se ele não tivesse, se ele tivesse [inaudível] não teria. Em que momento ele ficou com a primeira instância?
Luciana Pires: Nem um dia. Nem um dia.
Alexandre Ramagem: E o Itabaiana lá, julgando cível e o eleitoral. [inaudível] vai pra cima também.
Luciana Pires: A gente arguiu suspeição. Representamos contra ele. Tá respondendo [inaudível]
Alexandre Ramagem: A impessoalidade, que o procedimento tá na frente. Ou seja, tá uma excrescência pra todos os lados.
Luciana Pires: Não. É uma aberração. É uma coisa horrorosa.
Alexandre Ramagem: Então, o que eu acredito é que você tem que construir o caminho, porque é contundente o que vocês estão trazendo.
Alexandre Ramagem: E de chegar na rede correta, no lugar correto, sabendo que vai chegar para poder dar a decisão. E administrativamente, acho que, acho que dentro lá da receita, acho que é o caminho.
Alexandre Ramagem: Vamos, vamos ver.
Luciana Pires: O caminho tem que ser processual, tá? Materialmente é muito ruim. A história é ruim.
Alexandre Ramagem: Entrar no administrativo para conseguir depois entrar em jurídico.
Luciana Pires: [inaudível]. Entrar no mérito, se fez, não fez, entendeu? Não é bom, não é bom.
Alexandre Ramagem: Tá bom, vou deixá-las aqui. Beijão. Um prazer, tá.
Luciana Pires: Prazer.
Juliana Bierrenbach: Prazer.
Alexandre Ramagem: [inaudível] na COVID.
Luciana Pires: Ah, eu dei negativo. Cada vez que eu venho pra Brasília eu faço o exame.
Alexandre Ramagem: Até mais, pessoal. Obrigado, hein. Parabéns pelo trabalho.