Para Anfip, declaração da a ministra da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, “é um balde de água fria”
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Anfip) reagiu à declaração da ministra da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, de que a convocação para os 199 aprovados no último concurso para a Receita Federal do Brasil ocorrerá, provavelmente, só em 2025. Segundo a Anfip, a fala da ministra é “um balde de água fria”.
De acordo com a entidade, a fala de Dweck em entrevista ao programa “Bom dia, Minista”, da EBC, na terça-feira (20), “é um balde de água fria, pois frustra-se a necessidade institucional, a urgente oxigenação da Receita e as expectativas dos candidatos aprovados”.
“É consenso que a Receita Federal do Brasil está carente de Auditores Fiscais, cujo número de ativos diminui ano a ano. Dentre os ativos, um quantitativo expressivo já tem direito à aposentadoria. Em dezembro de 2023, houve a nomeação de 227 Auditores aprovados no último concurso, dando um alento para a mitigação de um quadro preocupante, porém longe de resolver o problema”, diz a Anfip.
Em nota pública, a entidade esclarece ainda que o número de vacâncias em 2024 já é maior do que o número de Auditores nomeados em 2023. “O quadro piorou e continuará piorando. É preciso priorizar as demandas por recursos humanos na RFB, bem como, recompor o quadro de Auditores urgentemente. Um novo concurso já se faz necessário”, alerta.
“A ANFIP lamenta a decisão, pois um órgão da importância da RFB deveria ter tratamento prioritário para a realização de suas atividades conforme dispõe o art. 37, XXII, da Constituição Federal”, finaliza a nota.