Os auditores fiscais do Ministério do Trabalho resgataram dez trabalhadores em condições semelhantes à escravidão em uma salina no literal do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro resgate após a mudança no final do ano passado, na portaria do governo Temer, que dificultavam ações dos auditores no combate do trabalho escravo.
O resgate foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na última terça-feira, 16. Os dez trabalhadores foram encontrados em condições degradantes no dia 9 deste mês, na empresa de ISSAL – BR Salina, localizada na Praia Seca, no município de Araruama. A operação foi uma ação conjunta entre os auditores-fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro e a Gerência Regional de Cabo Frio.
Os auditores fizeram inspeções na frente de trabalho, onde ocorria a extração de sal, na fábrica, e no alojamento dos trabalhadores. No alojamento, os fiscais encontraram: falta de água potável, colchões com baixa densidade; falta de cama, falta de higiene e limpeza, descargas dos sanitários quebradas, fiação elétrica exposta, ventiladores quebrados, entre outras irregularidades. Os auditores-fiscais também interditaram equipamentos usados na fábrica por falta de segurança.