A crise econômica foi responsável por elevar o número de micro e pequenas empresas inadimplentes em 11,1% no mês de fevereiro sobre o mesmo período do ano passado.
Os dados foram divulgados pela Serasa Experian hoje (10), que apurou um universo de 5,025 milhões de empresas do segmento de serviços, comércio e indústria negativadas, o que representa 21,9% do total de empresas do Brasil. Em fevereiro do ano passado, esse número era de 4,525 milhões.
Sobre janeiro, as empresas que tiveram seus registros incluídos nos sistemas de proteção ao crédito por não pagarem suas dívidas também cresceu 0,5%. Para a Serasa, o ritmo de crescimento mensal da inadimplência de micro e pequenas empresas está diretamente relacionado com a recessão e seu impacto na redução do volume de vendas e serviços prestados, além das altas taxas de juros praticadas no mercado – que nada mudou com a redução aparente da Selic (taxa básica de juros).
Segundo dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados em janeiro recuou 1,9% sobre dezembro de 2017 e 1,3% sobre janeiro anterior – o que teve impacto direto sobre as micro e pequenas empresas do setor. As micro e pequenas empresas prestadoras de serviços são as mais endividadas, correspondendo a 45,9% do total apurado pelo Serasa em fevereiro.
A Serasa também informou que a maior concentração de empresas inadimplentes está no Sudeste – com 54% do total. A cidade de São Paulo, maior centro econômico do país, concentra 3 em casa 10 micro ou pequenas empresas negativadas.