Decisão intensificará a política monetária contracionista, provocando um impacto profundamente negativo sobre o crescimento econômico, a criação de empregos e a renda da população, destaca a entidade
A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) afirma que a retomada do ciclo de elevação da taxa básica de juros da economia (Selic) irá comprometer seriamente a capacidade produtiva do país. Para a entidade, a indústria, que já vinha sendo afetada pelo alto nível da taxa de juros no Brasil, “pode ser ainda mais prejudicada, com a limitação de sua capacidade de investimento e a redução de sua competitividade”.
“Esses fatores, somados provocam um impacto profundamente negativo sobre o crescimento econômico, a criação de empregos e a renda da população”, afirma a entidade, em nota publicada na segunda-feira (16).
Nesta terça-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começou o seu primeiro dia de reunião, com o fim de determinar os rumos da Selic, hoje em 10,50% ao ano. A decisão do colegiado sobre o novo nível da Selic será divulgada no início da noite de quarta-feira (18).
Com a inflação dentro da meta, os bancos e seus “agentes” em setores da mídia pressionam por um aumento na taxa básica de juro em 0,25 ponto percentual, para isso, até as queimadas estão sendo motivos para justificar a alta nos juros.
Leia, a seguir, a nota da FIEMG na íntegra.
Preocupação quanto à elevação da taxa de Juros coloca a economia em alerta
Nas últimas semanas, o relatório Focus do Banco Central revisou sua projeção para a taxa Selic em 2024. A nova expectativa aponta para uma taxa de juros de 11,25%, 0,75 pontos percentuais acima do patamar atual. Esse ajuste sugere que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá retomar o ciclo de elevação da Selic já na próxima reunião, que ocorrerá amanhã. Tal cenário coloca a economia em alerta, intensificando a política monetária contracionista.
Ampliar o patamar contracionista da política monetária geram impactos significativos em toda e economia. A capacidade produtiva é seriamente comprometida, desestimulando os investimentos e gerando efeitos sistêmicos. A indústria, que já vinha sendo afetada, pode ser ainda mais prejudicada, com a limitação de sua capacidade de investimento e a redução de sua competitividade. Esses fatores, somados, provocam um impacto profundamente negativo sobre o crescimento econômico, a criação de empregos e a renda da população.
A FIEMG expressa sua profunda preocupação com a possibilidade de elevação na taxa de juros e sinaliza a necessidade de uma abordagem do Copom mais proativa nas próximas reuniões. Uma taxa de juros mais equilibrada e estável é fundamental para permitir que a economia se fortaleça e se recupere.
O Banco Central precisa agir com determinação e tomar medidas audaciosas para evitar que a economia brasileira entre em estado de estagnação. A FIEMG reafirma a necessidade de ajustes na política monetária, a fim de promover um ambiente mais favorável ao crescimento econômico sustentável e à geração de empregos.