“O que eles querem é que o governo Lula corte o BPC, o salário mínimo, a aposentadoria, os recursos da Saúde e da educação, para que eles continuem recebendo centenas de bilhões do orçamento público”, afirma Ricardo Cappelli
O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, criticou nesta quinta-feira (7) o aumento da taxa de juros (SELIC) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na noite de ontem, o colegiado comunicou que subiu o nível da taxa dos 10,75% para 11,25% ao ano. “Eles estão cometendo um crime contra o Brasil” , condena Cappelli.
“De forma inacreditável o Banco Central ontem subiu mais 0,5 ponto a taxa de juros”. “Mas o que que isso tem a ver com você? É porque a prestação daquilo que você comprou, ou daquilo que você está pensando em comprar no Natal, vai ficar ainda mais caro”, explicou. “O que eles querem é frear a economia. É desestimular a economia. É parar com a criação de empregos”, denuncia Cappelli, em postagem na sua rede social.
“Eles argumentam que o problema é que a dívida do Brasil é muito grande”, prossegue o presidente da ABDI. “Isso é uma cascata, pessoal”. “O Brasil tem agora a terceira maior taxa de juros do mundo e os países que têm taxa de juros menores que o Brasil têm dívida igual ou superior à dívida brasileira”, observou Cappelli.
Cappelli também fez críticas às pressões do mercado financeiro para que o governo Lula (PT) faça cortes em investimentos e direitos sociais.
“O que eles querem é que o governo do presidente Lula corte o BPC, corte o salário mínimo, corte aposentadoria, corte recursos da Saúde e da educação, para que eles continuem recebendo os banqueiros, os rentistas parasitários – [que querem continuar] recebendo centenas de bilhões de reais do orçamento público”, denunciou.