Leite condensado subiu 43% e o leite em pó 41%. Creme de leite e manteiga também tiveram altas bem acima da inflação oficial (8,73%), seguindo o aumento de 60,81% no preço do leite longa vida em doze meses
Com a disparada no preço do leite longa vida que atingiu 60,81% nos últimos 12 meses até agosto, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os derivados do produto essencial na refeição dos brasileiros e, em especial das crianças, tiveram alta superior a 40% no mesmo período, de acordo com a consultoria de varejo Neogrid. A inflação oficial, medida pelo IBGE, acumula em doze meses alta de 8,73%.
De acordo com a pesquisa da Neogrid, divulgada pela Globo News, os derivados do leite seguiram o movimento de aumento, como, por exemplo, leite condensado (43%), leite em pó (41%), creme de leite (38%) e manteiga (24%).
Em setembro de 2021, o preço do leite UHT (longa vida) custava em média R$ 4,73 o litro, teve uma redução em janeiro deste ano e foi para R$ 4,32, e atingiu o pico de R$ 7,45 em julho, de acordo com levantamento feito pela Neogrid. Mas naquele mês, chegou a ser vendido entre 9 e 10 reais em supermercados. Em agosto, o preço médio do leite ficou em R$ 7,18. Um recuo tímido em relação a julho.
Esses produtos basicamente se tornaram proibitivos, um artigo de luxo, para muitos brasileiros, principalmente os mais carentes do país, que, na hora das compras do mês, têm que fazer uma ginástica para levar produtos, como carnes, legumes, grão frutas e produtos de higiene pessoal, que também sofreram aumentos expressivos nesses anos de governo Bolsonaro.
De acordo com o IBGE, a inflação da alimentação do domicílio – dos produtos de supermercados – acumula alta de 15,63% em 12 meses. Já a alta dos itens de higiene pessoal chega a quase 12% no período.
O Brasil é o terceiro produtor de leite do mundo, com um volume anual de 34 bilhões de litros, com a atividade presente em 98% dos municípios brasileiros, segundo números do Ministério da Agricultura.