Um homem branco de 24 anos, procurado como o suposto autor dos ataques com pacotes-bomba em Austin, capital do Texas, morreu na madrugada de quarta-feira (21) ao se explodir no seu veículo quando a polícia estava prestes a capturá-lo. Ele foi identificado como Mark Anthony Conditt, um desempregado que cursou a Faculdade Comunitária de Austin, e que mora em um subúrbio, Pflugerville. Nos ataques, duas pessoas foram mortas e quatro feridas.
Os atentados começaram no dia 2 de março. Dois homens negros, de 39 e 17 anos, morreram nas explosões dos pacotes-bomba deixados nas portas de suas casas. Na segunda explosão, também ficou ferida uma senhora. Uma mulher latina de 75 anos ficou ferida na terceira explosão. Vítimas que levaram à suspeita de ódio racial. No entanto, o ataque de domingo (18), em que o dispositivo foi acionado por um cabo, feriu dois homens brancos de 22 e 23 anos que caminhavam por um bairro residencial tranquilo de Austin.
Na madrugada de terça-feira uma bomba explodiu na esteira de um centro de distribuição da FedEx em Schertz. Outra bomba, que não explodiu, foi encontrada em outra agência da FedEx perto do aeroporto.
Ao buscar enviar pacotes-bomba via FedEx, Conditt se expôs às câmeras de segurança. Uma emissora de televisão de Austin divulgou fotos extraídas das câmeras de segurança, mostrando o suspeito com um boné azul de beisebol, luvas e possivelmente uma peruca. O monitoramento do suspeito levou 36 horas, segundo a agência Reuters, e também foram colhidos depoimentos de testemunhas.
Segundo a polícia, Conditt fez um vídeo de “confissão” de 25 minutos em seu telefone, que foi recuperado após a explosão. “Ele não menciona nada sobre terrorismo, nem menciona nada sobre ódio, mas é o clamor de um jovem muito perturbado, falando sobre desafios em sua vida pessoal”, disse Brian Manley, chefe da Polícia de Austin, a repórteres. Na perseguição, um agente da lei ficou ferido. “Foram três longas semanas para a comunidade de Austin”, acrescentou Manley. Com seu expertise no assunto, o presidente Trump imediatamente após a morte de Conditt correu a tuitar que este era “muito, muito doente”.