Avaliação negativa de Bolsonaro, Michelle e Tarcísio cresce; Lula fica estável, diz pesquisa

Percepção da parcela da população que não gosta ou gosta pouco de Bolsonaro subiu de 49% para 55%. A percepção sobre Lula se mantém estável (Fotos: Mateus Bonomia/AFP - Ricardo Stuckert/PR)

Pesquisa feita após tarifaço e condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

A avaliação dos brasileiros sobre lideranças bolsonaristas, como Jair Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), se tornou mais negativa de 2024 para 2025, enquanto Lula se manteve com a mesma popularidade, mostra a pesquisa “A Cara da Democracia”.

O levantamento perguntou a 2.510 brasileiros em 190 cidades se gostam, gostam pouco, gostam muito ou se não gostam de determinadas figuras da política brasileira. Os entrevistados também podiam responder se tinham avaliação “neutra” ou que não conheciam a pessoa. A pesquisa foi feita entre 17 e 26 de outubro, em todas as regiões do país.

No caso de Jair Bolsonaro, que desde 2024 foi condenado por tentativa de golpe de Estado e apoiou as medidas do governo dos Estados Unidos contra a economia brasileira, a avaliação se tornou mais negativa:

  • Gosta ou gosta muito: de 28% para 25%;
  • Não gosta ou gosta pouco: de 49% para 55%;
  • Neutro: de 20% para 18%.

A avaliação sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teve a seguinte variação:

  • Gosta ou gosta muito: de 21% para 20%;
  • Não gosta ou gosta pouco: de 49% para 54%;
  • Neutro: permaneceu em 20%.

Já a percepção acerca do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é cotado como possível candidato a presidente em 2026, entre 2024 e 2025 foi:

  • Gosta ou gosta muito: de 16% para 15%;
  • Não gosta ou gosta pouco: de 33% para 44%;
  • Neutro: de 22% para 26%;
  • Não conhece: de 29% para 13%;

O levantamento mostra que a opinião pública acerca do presidente Lula se manteve estável:

  • Gosta ou gosta muito: de 35% para 36%;
  • Não gosta ou gosta pouco: de 40% para 41%;
  • Neutro: de 23% para 21%;

“A Cara da Democracia” ainda mostra que a popularidade de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Donald Trump, presidente dos EUA, é a mais baixa entre todas as lideranças citadas. Os dois trabalharam juntos na implementação de tarifas contra produtos brasileiros e só foram incluídos na pesquisa em 2025.

Eduardo Bolsonaro:

  • Gosta ou gosta muito: 14%;
  • Não gosta ou gosta pouco: 60%;
  • Neutro: 21%.

Donald Trump:

  • Gosta ou gosta muito: 19%;
  • Não gosta ou gosta pouco: 55%;
  • Neutro: 20%.

A pesquisa foi feita em conjunto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

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