Partidos, centrais sindicais, entidades estudantis, da juventude, das mulheres e da sociedade civil convocam a população brasileira a saírem às ruas, novamente, contra Bolsonaro
Avançam os preparativos para a nova manifestação do próximo dia 24 de julho contra o desgoverno de Jair Bolsonaro. O Brasil vai ocupar novamente as ruas em protesto contra o comportamento irresponsável e negacionista do governo Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19, a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, responsável pela morte de mais de meio milhão de brasileiros.
Na segunda-feira, dia 12 de julho, vários grupos se reuniram para tratar desses preparativos. Na sede do diretório municipal do PSDB, no centro da capital paulista, reuniram-se representantes do PSDB, PDT, Cidadania, PSB, PCdoB e Rede, além da centrais sindicais, Força Sindical, UGT, CTB e CSB. Participaram também entidades estudantis como a UMES-SP e da juventude, como a Juventude Pátria Livre (JPL) e entidades femininas, entre elas a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB).
PARTIDOS E ENTIDADES
O presidente do PSDB municipal, Fernando Alfredo disse ao HP que a reunião foi um sucesso. “Na segunda 12/07, diversos dirigentes partidários, movimentos e sindicatos, se reuniram para discutir e formar uma frente ampla para fortalecer ainda mais a luta contra o presidente Bolsonaro, tendo em vista que está sendo o nosso inimigo central, a fim de somar na participação da manifestação do dia 24/07”, disse o dirigente partidário.
Fernando confirmou a participação na reunião do PSDB, CIDADANIA, PDT, PSB, REDE, PCdoB, Sindicato dos Metalúrgicos, UGT, UMES-SP, CTB, JPL, UEE-SP, UJS, Movimento ACREDITO, segmentos Inter-religiosos, entre outros. “Firmaram o compromisso de buscar demais segmentos e partidos para ampliarmos ainda mais a luta em defesa da vida e da democracia”, disse o presidente do PSDB.
Carlos Eduardo, presidente do partido Cidadania, informou que os preparativos estão de vento em popa e que nos próximos dias será divulgado um manifesto convocando a população da cidade de São Paulo a participar da manifestação do próximo dia 24. A ex-vereadora Lídia Correa (PCdoB) disse que espera uma ampliação ainda maior da próxima manifestação contra o governo Bolsonaro e destacou a grave crise pela qual passa o país.
A reunião confirmou a presença do grupo no Conjunto Nacional no próximo dia 24 com trio elétrico e aberto a todos que quiserem falar. Os participantes do encontro foram unânimes em condenar qualquer pretensão de restringir a participação de quem quer que seja na manifestação contra o governo Bolsonaro.
O ponto de unidade entre todos os participantes da reunião preparatória da manifestação é a oposição ao governo Bolsonaro. Os dirigentes sindicais presentes reforçaram a necessidade de ampliação do movimento, além de reforçar o combate ao negacionismo do governo e barrar o desastre provocado pela sabotagem de Bolsonaro às vacinas. Os organizadores vão exigir mais agilidade na vacinação, defender os direitos trabalhistas e a ajuda emergencial de R$ 600.
CAMPANHA NACIONAL FORA BOLSONARO
Neste mesmo dia 12, representantes da Campanha Nacional Fora Bolsonaro também aprovaram uma nota e reafirmaram a convocação de novos protestos no próximo dia 24 de julho. Além de exigir o impeachment, as manifestações devem manter as bandeiras de maior agilidade na vacinação contra a Covid-19, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e respeito aos direitos dos povos indígenas.
O grupo congrega a Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Centrais sindicais, partidos políticos (PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PSTU, PCB, PCO e UP) e organizações e articulações da sociedade civil. “Reafirmamos, mais uma vez, as bandeiras de unidade que sustentam nossa campanha e o objetivo de congregar todos aqueles que estão unidos pelo Fora Bolsonaro”, diz o comunicado.
“Seguiremos pressionando o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), para que cumpra seu dever e abra o processo de impeachment. Todos são bem-vindos nas manifestações. As diferenças políticas, ideológicas e programáticas entre os diversos atores desta ampla unidade de ação continuam existindo, mas não são obstáculo à nossa unidade nas ruas pelo objetivo imediato comum a todos: retirar o genocida da presidência da república”, dizem os organizadores.