Bacellar, que ajudou o Comando Vermelho, perde a Presidência da Alerj e usa tornozeleira

Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (Foto: Reprodução - TV Globo)

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Após ser solto pela Alerj, aliado de Cláudio Castro pediu licença do cargo de deputado por 10 dias

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), que vazou informações para o Comando Vermelho (CV), foi solto e deverá utilizar tornozeleira eletrônica, decidiu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes mandou soltar Rodrigo Bacellar seguindo o rito após a assembleia votar para soltá-lo.

Nesta quarta-feira (10), Bacellar pediu licença do cargo de deputado por 10 dias para tratar, segundo alegou, de assuntos particulares.

Ele foi afastado do cargo de presidente da Alerj por ordem do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, mas poderia exercer seu mandato de deputado.

A decisão foi tomada depois que os deputados estaduais do Rio de Janeiro votaram, por 42 votos a 21, pela revogação da prisão preventiva. Bacellar saiu da sede da PF no Rio na noite de terça-feira (9) onde estava preso.

Apesar de determinar sua saída do comando da Alerj, a decisão judicial permite a Rodrigo Bacellar que participe das sessões e vote. Caso as sessões passem das 19h, ele deverá informar ao STF.

Ele foi preso por ordem de Alexandre de Moraes no âmbito da investigação sobre o vazamento de informações que favoreceram o deputado ligado ao CV, TH Joias (MDB), para fugir da polícia e destruir provas.

TH Joias, preso em setembro, vendia armas para o Comando Vermelho.

A investigação obteve mensagens trocadas por TH Joias e Bacellar horas antes da operação de busca e apreensão em sua casa que indicam orientação para que materiais fossem destruídos.

Moraes ainda determinou a Bacellar:

  • uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento;
  • recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h, e integral nos fins de semana e feriados;
  • proibição de comunicação com outros investigados;
  • entrega de todos os passaportes;
  • suspensão do porte de arma de fogo.

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