Os trabalhadores das agências e dos centros administrativos do Banco Santander paralisam suas atividades na última quarta-feira (20) em todo o Brasil, contra a aplicação da reforma trabalhista.
Para o Sindicato dos Bancários de São Paulo, o banco espanhol está rasgando a negociação coletiva. “Sem consultar, nem negociar com os trabalhadores ou seus representantes sindicais, o Santander implantou um acordo individual de banco de horas e o fracionamento das férias, ancorados pela reforma trabalhista. Esse acordo é inconstitucional. Pela Constituição, bancos de horas têm de ser negociados em acordos ou contratos coletivos”, denuncia.
Segundo o sindicato, além de impedir os funcionários de fazer horas extras e não pagar as horas excedentes trabalhadas – sendo elas compensadas com folga equivalente em até seis meses. O banco também anunciou que, a partir de março, o salário passará a ser creditado no dia 30 e não mais no dia 20. E 13º salário sempre pago, em março e novembro, passará para os meses de maio e dezembro. A categoria denunciou também que o banco demitiu mais de 200 bancários nos últimos 30 dias e aumentou o plano de saúde dos trabalhadores em 20%.