O Santander registrou um lucro líquido de R$ 5,884 bilhões no Brasil no primeiro semestre, o que representa uma alta de 27,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando obteve um lucro líquido de R$ 3,704 bilhões, segundo balanço divulgado na quarta-feira (25).
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), o lucro obtido nos seis primeiros do ano no Brasil é equivalente a 26% do lucro global do banco, de 3,752 bilhões de euros.
Esse crescimento no lucro do Santander em apenas seis meses é um acinte ao povo brasileiro. Que setor da economia teve um aumento de 27,5% em seus lucros nesse período? Da atividade produtiva, nenhum. Para não falar dos trabalhadores, que estão com salários arrochados, resultantes da política Dilma/Temer.
Apenas no segundo trimestre, o lucro líquido do Santander foi de R$ 2,97 bilhões, um crescimento de 5,4% na comparação com o 1º trimestre.
De acordo com relatório do banco, a carteira de crédito total somou R$ 290,48,398 bilhões no final de junho, uma variação 13,1% em 12 meses. Em três meses, a carteira total teve aumento de 3,6%: “O desempenho em ambos os períodos foi impulsionado pela expansão, principalmente, de consignado, cartão de crédito e imobiliário”.
Outro fator essencial para o crescimento do lucro é que o Santander pratica maiores spreads (diferença entre o custo de captação e o valor cobrado nos empréstimos a clientes). Assim, a receita oriunda das operações de crédito cresceram 20,1% em 12 meses terminados em junho.
Por outro, as receitas com tarifas e serviços cresceram 3,4% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre e evoluíram 12,7% em 12 meses, para R$ 4,28 bilhões.
Além desses fatores, ainda há os ganhos com títulos da dívida pública, a despeito da redução nominal da taxa básica de juros (Selic), que pagam um dos maiores juros reais do mundo.