Centenas de milhares de trabalhadores em confecções em Bangladesh participaram na última semana de 2017 em marcha por salário mínimo equivalente a US$ 195 elevando o atual que é de míseros US$ 64 mensais.
A manifestação foi convocada pelo Centro Sindical de Trabalhadores de Confecções (GWTUC).
O líder sindical, Manzurul Ahsan Khan, denunciou que o governo não eleva os salários e os preços dos artigos de primeira necessidade “têm tido uma elevação estúpida”.
“Com estas condições, os trabalhadores em confecções lutam pela simples sobrevivência”, acrescentou Khan.
Em Bangladesh, 3.5 milhões trabalham em 4.825 fábricas de confecções produzindo produtos especiais para empresas inglesas e norte-americanas que os revendem internacionalmente. A indústria de confecções responde por 85% das exportações de Bangladesh no entanto, as vidas dos trabalhadores – 85% mulheres – não apresenta condições mínimas para lhes garantir casa, alimentação, e educação para os filhos dos trabalhadores.
Além disso, as péssimas condições de trabalho fizeram com que Bangladesh chegasse ao noticiário internacional por conta de incêndios em mais de 50 instalações fabris desde os anos 1990 e nos quais morreram 400 trabalhadores e milhares mais ficaram feridos.