
Com a inconfundível saudação com o braço estendido “Heil Hitler”, o ex-guru de Trump e ex-presidiário, Steve Bannon, achou por bem esclarecer ao mundo o que passa pela cabeça dessa cambada toda, muito assanhada desde que Musk, no comício do retorno à Casa Branca, deu vazão ao seu identitarismo nazista, com duas de tais gesticulações, logo após a posse do capo de Mar-a-Lago.
Exibicionismo nazista ainda mais demente nos 80 anos da vitória da Humanidade sobre o hitlerismo e suas excrescências – a escravização de povos, o ‘espaço vital’, as SS, o genocídio, o ódio aos democratas, comunistas e judeus, os campos de concentração, o bestial racismo ariano – abolidas pela unidade dos aliados, pela entrada em Berlim do Exército Vermelho e a bandeira da vitória sobre o Reichtag, mais os julgamentos de Nuremberg.
A “saudação” saudosista de Bannon teve lugar na quinta-feira (20), em um convescote global de neonazistas e assemelhados em Washington, realizado sob a pomposa denominação de “Conferência de Ação Política Conservadora”.
Bannon foi condenado por enganar doadores para uma campanha supostamente de construção do muro na fronteira, desviando mais de US$ 15 milhões em 2019. Ele se encontra em liberdade condicional pelos próximos três anos.
Entre outras cenas ridículas, o arquirreacionário e arquibilionário Musk exibiu uma motosserra vermelha, que lhe foi presenteada pelo fascista Javier Milei, recém flagrado ao inflar uma pirâmide de criptomoedas que lesou milhares de pessoas, com milhões de dólares de prejuízo, e denunciado como escroque-mor pelos argentinos.
Já Musk vem demitindo a rodo servidores públicos norte-americanos, com seu “Departamento de Eficiência Governamental”, uma espécie de SS dedicada ao funcionalismo público. Há pouco, Musk dirigiu-se à extrema-direita alemã aconselhando-a a ter “orgulho” dos seus tempos de nazismo escancarado.
Mas nem todos os fascistas acharam conveniente tanta indiscrição. A delegação da Reunião Nacional, de Marine Le Pen, se retirou da “conferência” após a saudação hitlerista. Afinal, faltam dois anos para a eleição presidencial na França e com a Frente Popular tendo mostrado seu peso, tal confissão seria inconveniente.