
Ministro do Exterior belga diz que medidas derivam da “tragédia humanitária” que Israel fomenta em Gaza, violando o direito internacional
O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Maxime Prévot, disse nesta terça-feira, que neste mesmo mês de setembro, que o governo belga irá reconhecer o Estado Palestino na Assembleia Geral das Nações Unidas.
“À luz da tragédia humanitária que se desenrola na Palestina, particularmente em Gaza, e em resposta à violência perpetrada por Israel em violação do direito internacional,” disse Prévot.
Eles se somam à Áustria, Reino Unido, Canadá, França e Austrália em um movimento simbólico de reconhecimento do Estado da Palestina na próxima reunião da Assembleia da ONU, como forma para pressionar Israel. Outros 147 países, incluindo o Brasil, já reconheceram a Palestina.
O Estado de apartheid israelense, confrontado pelos seus atos de genocídio, crimes de guerra e limpeza étnica se encontram em crescente isolamento do resto do mundo.
“Os países europeus hipócritas que estão sendo manipulados pelo Hamas, no final, eles descobrirão o terrorismo em sua própria carne,” ameaçou o fascista fanático Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional israelense, que agora se volta contra os próprios cidadãos do país ameaçando proibir manifestações contra a guerra que crescem nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Haifa e Beer Sheva.
O ministério belga também pediu que outros países “iniciem rapidamente esse reconhecimento, intensifiquem os esforços práticos para impedir os crimes de genocídio, deslocamento, fome e anexação e abra um caminho político real para resolver o conflito e acabar com a ocupação israelense das terras do Estado da Palestina.”
Sobre as sanções, Prévot disse que “sanções firmes” serão impostas contra o governo de Israel. Os belgas irão proibir importações de produtos produzidos em assentamento ilegais, eles irão fazer “uma revisão das políticas de compras públicas com empresas israelenses” e restrições ao acesso ao consulado belga para cidadãos que vivem em assentamentos ilegais.
Desde outubro de 2023, Israel executou uma campanha de massacre contra a população civil de Gaza, números oficiais registraram que mais de 63.600 palestinos foram mortos nos ataques das forças israelenses, mais de 160.000 foram feridos. A destruição que Israel causou em Gaza deixou os quase 2 milhões de pessoas que lá residem, deslocadas, sem moradia. Israel impôs restrições à entrada de ajuda humanitária como alimentos e remédios, centenas de palestinos, na maioria crianças morreram de desnutrição severa.
O Tribunal Penal Internacional, em novembro de 2024, emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, por terem cometido crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza, crimes que – em escárnio à manifestação clara e crescente de repúdio de todo o Planeta – intensificam. .