O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) deixou a prisão após a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, na quinta-feira (31).
Beto Richa (PSDB) ficou em prisão preventiva de 25 de janeiro até a quinta-feira por obstrução da Justiça.
No mesmo despacho Noronha expediu uma ordem de salvo-conduto em favor do irmão de Beto Richa, o ex-secretário de Infraestrutura e Logística Pepe Richa.
Richa foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR), com outros 32 investigados, na 58ª fase da Operação Lava Jato, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na concessão de rodovias estaduais o ex-governador do Paraná. Ver Lava Jato denuncia Beto Richa por corrupção, organização criminosa e lavagem
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato criticaram a decisão de Noronha. “Com o devido respeito pelo ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça, esta força-tarefa está avaliando as providências a serem tomadas em relação à precipitada e equivocada decisão”, dizem os procuradores.
Os procuradores apontam também: “As circunstâncias não usuais em que o habeas corpus foi concedido se somaram à ausência de oportunidade para o Ministério Público se manifestar, apresentando informações e documentos relevantes, sobre a questão levada unilateralmente pela parte interessada”.