
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), sua esposa Fernanda Richa, o filho André Richa e o contador da família, Dirceu Puppo, foi aceita pela Justiça Federal e os quatro se tornam réus por lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.
Esta é a quarta ação em que Richa se torna réu. No domingo, a Justiça Federal aceitou a terceira denúncia feita pelo MPF contra Richa e sua família pelo crime de corrupção e organização criminosa. Segundo o MPF, a partir de 2011, início do governo Richa, o esquema desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração, e de obras rodoviárias não executadas. A propina paga em troca dos benefícios foi estimada em pelo menos R$ 35 milhões.
O dinheiro que Beto recebeu em forma de propina era lavado com a compra de terrenos em nome da empresa de sua esposa e do seu filho André, a Ocaporã, Administradora de Bens, e que tinha o contador Dirceu Puppo como administrador.
Neste processo está sendo investigada a compra, realizada em 2012, de um terreno em um condomínio fechado em Curitiba. De acordo com o MPF, o valor total da compra foi de R$ 1,95 milhão, mas apenas R$ 505 mil constam na escritura. Do valor milionário, R$ 930 mil foram pagos em dinheiro vivo.
Leia mais:
Vocês não comentarão nada a respeito do julgamento no STF sobre a homofobia?
Calma. Deixa o julgamento acabar. Com esse tiroteio no governo, nossas forças estão algo concentradas.