A pugilista Bia Ferreira foi derrotada na semifinal do boxe feminino por decisão dividida, na categoria até 60 quilos, neste sábado (3). A luta contra a irlandesa Kellie Harrigton reeditou a final de Tóquio 2020, quando a brasileira ficou com a prata.
Não houve unanimidade entre os jurados do combate. Enquanto dois deles anotaram 30 a 27 e outros dois 29 a 28 para a lutadora europeia, um jurado apontou 29 a 28 para a brasileira.
Mesmo com o resultado negativo, Bia garantiu o bronze para o Brasil, já que não há disputa de terceiro lugar no boxe olímpico, assim, os semifinalistas garantem, ao menos, o bronze.
“Eu não achei o ponto queria para atacar. Ela tem também os pontos fortes dela. É uma grande atleta. Queria tirar o título dela. Acredito que o boxe feminino está crescendo muito e ela não vai conseguir sustentar por muito tempo”, comentou Bia logo após a luta contra Harrigton.
A baiana de 31 anos alcançou outra marca em Paris. Ela se tornou a primeira pugilista brasileira a conquistar duas medalhas olímpicas.
“Queria me despedir com chave de ouro, mas a gente faz um plano e Deus faz outro. Eu já estou muito contente com toda a minha trajetória. O meu time veio bem forte. A gente teve bastante pressão, talvez nem todos souberam lidar, mas era eu quem mais queria ganhar. Se desse para voltar no tempo, eu faria de tudo de novo”, acrescentou em tom de adeus à carreira olímpica.
O boxe brasileiro tem mais uma chance de medalha, na categoria 57 quilos no feminino. Jucielen Romeu luta neste domingo (4) contra a turca Esra Kahraman Yyildiz, às 11h, pelas quartas de final. Se Jucielen vencer, garante o menos o bronze.