Passaram-se apenas alguns minutos desde a vexaminosa queda na cerimônia de cadetes da Força Aérea e Biden trombou com a cabeça na porta do helicoptero quando descia nos jardins da Casa Branca
Nem bem acabou de viralizar no mundo inteiro com seu tombo na cerimônia de formatura de cadetes da Força Aérea no Colorado, Biden bateu a cabeça ao sair do helicóptero na volta a Casa Branca, nesta sexta-feira (2). Após a topada, Biden levou a mão à cabeça e depois fez um bizarro trajeto.
Têm sido muito frequentes os tropeços, gafes e desorientações de Biden, o mais idoso presidente da história dos EUA, flagrados em público. Em socorro de Biden, o New York Times lembrou que, na década de 1970, Gerald Ford, no que restou de mandato de Nixon, vivia tropeçando e caindo – aliás, no pós-derrota no Vietnã.
Rememorando: na véspera, durante uma cerimônia de formatura na Academia da Força Aérea dos EUA, ao se virar para atravessar o palco após entregar diplomas Biden caiu de joelhos depois de tropeçar. Um oficial da Força Aérea o socorreu e o ajudou a se levantar, sob as preocupadas vistas de seus seguranças e da plateia. Depois, o presidente conseguiu retornar ao lugar onde estava sentado.
O tropeção de ontem, seguido pela topada no helicóptero de hoje, acontecem apenas algumas semanas depois que Biden perdeu o equilíbrio ao visitar o Santuário de Itsukushima em Hiroshima, Japão e bambeou. Biden também tropeçou ao embarcar no Air Force One em março, quando viajaria a Selma, Alabama. Ele caiu ainda da escada enquanto embarcava no avião presidencial em 2021 e tombou de bicicleta perto de sua casa de praia em Delaware em junho passado.
Quanto às gafes e desorientações, há uma lista extensa. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o presidente norte-americano desorientando na hora de deixar um púlpito, confundindo a causa da morte de seu filho, Beau Biden – disse que ele morreu na guerra do Iraque, quando na verdade morreu de câncer anos depois – e até questionando a ausência de uma deputada que havia morrido dois meses antes, Jackie Walorski.
Questionamentos sobre o “estado cognitivo do presidente” têm sido frequentes nos EUA e, conforme pesquisas de opinião, em outubro do ano passado 64% da população dos EUA se dizia “preocupada” com isso – sendo 41%, quase metade da população, “muito preocupada” e 23% “um pouco preocupada”. Em fevereiro, médicos que submeteram Biden a uma bateria de exames asseveraram que o presidente está “saudável” e “apto para o trabalho” – e provavelmente não se preocupam com que seja ele o responsável pela maleta da guerra nuclear.
A recidiva de Biden no gramado da Casa Branca serviu para esclarecer uma questão que não ficara clara no episódio de ontem, a alegação de que o “comandante-em-chefe de 80 anos”, como o descreveu o jornal britânico Daily Mail, “tropeçara em um saco de areia” no meio do palco da formatura no Colorado.
O que estaria o saco de areia fazendo na cerimônia de formatura foi esclarecido pela mídia norte-americana: estaria servindo para apoiar o teleprompter – afinal, além de frequentemente aparentar não saber aonde está e quem é, Biden também costuma não saber o que programaram para ele dizer, e é aí que entra o teleprompter.