Biden segue curso suicida, alerta o cineasta
O presidente dos EUA, Joe Biden, está seguindo um curso “suicida” na Ucrânia e pode “estupidamente levar os EUA a um confronto” com a Rússia, afirmou o laureado cineasta Oliver Stone ao podcast Stay Free, do comentarista britânico Russell Brand, na sexta-feira (28).
“Esta é uma possível Terceira Guerra Mundial”, advertiu Stone. “De certa forma, é a mesma situação da Primeira Guerra Mundial. A estupidez das alianças, os medos e as fobias reprimidas”.
O cineasta atribuiu o conflito na Ucrânia ao “movimento neocon que iniciou a guerra no Iraque” e ainda ocupa cargos de destaque no governo de Biden. Ele descreveu o presidente norte-americano como um “velho guerreiro frio” que odeia a velha União Soviética, que ele confunde com a não comunista Federação Russa.
Parece, disse Stone, que Biden está arrastando os EUA para um confronto com uma potência que não recua: “Estas são as fronteiras [da Rússia] e seu mundo. É a Otan invadindo a Ucrânia. Essa é uma história totalmente diferente.”
Para Stone, se os EUA não mudarem suas políticas e pensamento – o que ele considera a coisa mais difícil de fazer – eles estão realmente à beira do colapso e causarão um grande dano a si mesmos.
Em 2016, Stone produziu o documentário “Ucrânia em chamas”, no qual detalha o papel dos Estados Unidos na derrubada do presidente ucraniano eleito democraticamente, Viktor Yanukovych, em 2014. O filme critica duramente a expansão da Otan para o leste, o apoio de Washington aos neonazistas ucranianos e a limpeza étnica contra contra os russos étnicos de Donetsk e Lugansk desencadeada pelo regime instaurado pelo golpe em Kiev.
Para o apresentador Brand, o golpe de Euromaidan “foi um plano de longo alcance para invadir a Federação Russa”, opinião que Stone tem endossado desde o lançamento de “Ucrania em Chamas”. “Desde 2014, a Ucrânia passou de neutra a anti-russa e isso perturbou o equilíbrio”, disse ele ao jornal sérvio Politika em dezembro, acrescentando que “toda guerra tem causas e consequências”.
Stone admitiu ter sido “um erro” ter votado em Biden nas eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos. Ele disse que pensou que Biden, mais velho, agiria com mais calma e gentileza. Agora ele vê Biden como um homem que pode não ser responsável por seu próprio governo. “Quem sabe?”