Recém-lançada pelo Ministério de Economia e Finanças Públicas, a “Memória da Economia Boliviana 2018” com dados e cifras concretas, mostra um país com estabilidade e crescimento econômico sustentado, apesar de um contexto de elevada incerteza, desaceleração das principais economias regionais e deterioração das perspectivas econômicas da maioria dos países da região.
O informe confirmou a Bolívia como líder em crescimento econômico da América do Sul com 4,2% de aumento do PIB. “A boa notícia é que em 6 dos últimos 10 anos a Bolívia teve o melhor desempenho econômico da região”, ressaltou o vice-ministro, Jaime Durán, encarregado de fazer o anúncio.
A indústria manufatureira e a produção agropecuária foram os setores que tiveram maior incidência na expansão da economia. E a demanda interna continuou impulsionando o crescimento, especialmente pelo desempenho do consumo das famílias e do investimento público e privado.
A taxa de desemprego diminuiu em 2018, chegando a 4,3%. E foi reafirmada a política salarial, com aumentos de 3%, o dobro da taxa de inflação, que encerrou o ano em 1,5%. O salário mínimo chegou a Bs2.060 (R$ 1.174), 4,7 vezes o valor de 2005, antes de Evo chegar à presidência.
REDUÇÃO DA POBREZA
Os avanços no setor social continuaram em 2018, refletindo-se na melhoria das condições de vida da população. A pobreza extrema continuou contraindo-se, ficando em 15,2%, com o que soma uma redução de 23,0 pontos porcentuais em relação ao nível de 2005 (38,2%), o maior avanço obtido na região sul-americana.
Da mesma forma continuaram avançando os programas sociais, como os bônus Juancito Pinto – que reduziu o abandono escolar para 1,68% no ensino fundamental e para 4,4% no ensino médio -, o Juana Azurduy – que garante o direito à saúde das gestantes e de seus filhos, com atenção médica integral ao longo de todo o período de gestação e pós-natal, e a Renda Dignidade – paga aos aposentados com mais de 60 anos, favorecendo os estratos mais vulneráveis da população.
INDUSTRIALIZAÇÃO
Como resultado do Modelo Econômico Social Comunitário Produtivo, vêm sendo fortalecidas as políticas de industrialização e outras medidas setoriais, com a introdução da amônia e ureia, cloreto de potássio e álcool anidro à indústria; além do estímulo que dinamiza a demanda interna e o positivo comportamento do setor agrícola, contribuindo com crescimento da indústria de alimentos.
As Reservas Internacionais Líquidas atingiram $US 8,946 bilhões, mantendo-se em níveis elevados e que em relação às dimensões da economia chegam a 22,0%, acima dos parâmetros internacionais e a maior proporção na região sul-americana.
A poupança está em US$ 27,121 bilhões, um aumento de 4,5% em relação a 2017. Por sua parte, os créditos chegaram a US$ 24,871 bilhões, 12,2% acima da cifra do ano anterior, impulsionados pelos créditos produtivos e de moradia de interesse social, no marco da Lei de Serviços Financeiros.
O modelo desenvolvimentista, aplicado no país desde 2006, pelo goveno Evo Morales, comprovou, com resultados positivos, que, junto com o investimento no mercado interno são fatores decisivos e que permitiram ao país enfrentar com sucesso um entorno externo desfavorável, sustentar as conquistas sociais e caminhar para a ruptura com a dependência.