O presidente da Bolívia, Evo Morales, inaugurou nesta sexta-feira, em Caracollo, Oruro, a mais moderna fábrica de cimento da América Latina, com capacidade para produzir diariamente 3.000 toneladas.
Dirigido pela Empresa Pública Produtiva de Cimentos (Ecebol), o complexo recebeu US$ 306,8 milhões em investimentos provenientes do Fundo para a Revolução Industrial, e vai gerar cerca de 4.000 empregos diretos e indiretos, com trabalhadores atuando em três turnos.
“Este é um sonho longamente esperado por 40, 50 ou 60 anos, e que agora cumprimos. Aqui está a fábrica de cimento. Este é o resultado do processo de transformações”, comemorou Evo, bastante aplaudido pela população que lotou a solenidade.
Para o presidente da Sociedade de Engenheiros da Bolívia (SIB), Carlos Ballón López, com preço pelo menos 5% inferior ao do mercado, a cimenteira será um referencial para o continente e contribuirá “substancialmente para o crescimento e desenvolvimento da região e do país”. “Mãos bolivianas edificaram esta grande obra, engenheiros civis, geólogos e químicos industriais participaram e agora vão gerenciar este serviço produzindo cimento de alta qualidade”, assinalou López, citando a importante contribuição do consórcio espanhol-alemão.
De acordo com a presidenta da Federação de Empresários Privados de Oruro (FEPO), Elvira Valdez, a unidade industrial potencializará o desenvolvimento produtivo da região, “graças ao investimento realizado pelo governo”, que viu além.
Conforme o secretário-executivo da Central Operária Boliviana (COB) em Oruro, Elias Colque, foram recursos provenientes da nacionalização dos recursos naturais realizada pelo presidente Evo Morales, injeção de dinheiro que possibilitou o país alcançar um novo patamar, com sucessivas melhoras no avanço do seu Produto Interno Bruto (PIB) e na distribuição de renda.
O presidente do Instituto Boliviano de Normalização e Qualidade (Ibnorca), Daniel Sánchez, entregou durante a solenidade os certificados que atestam a “mais alta qualidade do cimento estatal”, frisando que será utilizado na construção de rodovias, pontes e demais obras em todo o país.