O governo da Bolívia inaugurou, na última terça-feira, a Planta Industrial de Vendas de Potássio, no Salar de Uyuni. Com investimentos de US$ 178 milhões, e capacidade de produzir 350 mil toneladas métricas de cloreto de potássio por ano, a fábrica tem 2.500 metros quadrados e 36 metros de altura, uma das dez maiores do mundo.
Conforme o vice-ministro de Altas Tecnologias, Alberto Echazú, “com uma variedade de aplicações em vários setores”, o cloreto de potássio tem expressiva demanda como fertilizante, que o define como um produto industrial e transformado, de alto valor agregado. Várias empresas, principalmente da Ásia, já expressaram seu interesse pelo produto, revelou.
“Há avanços na compra antecipada inicial de oito mil toneladas mensais”, ressaltou o vice-ministro, frisando que a procura por cloreto de potássio “é muito grande”. Atualmente, lembrou, “atinge um mercado que consome entre 30 a 40 milhões de toneladas por mês”.
As expectativas de exportação são “muito amplas”, acrescentou Echazú, já que somente um país como o Brasil consome de seis a sete milhões de toneladas, ao mesmo tempo em que produz apenas 1,5 milhão, registrando um déficit de pelo menos cinco milhões de toneladas.
O moderno complexo industrial construído com tecnologia da empresa chinesa Camc Engineering, informou o vice-ministro, conta com um alto grau de automação até o empacomentamento do fertilizante em bolsas de uma tonelada e de 50 quilos, que abastecerão tanto o mercado interno quanto externo.