Pelo sexto ano consecutivo, o crescimento econômico da Bolívia foi o maior da América do Sul e, conforme projeções de organismos tão diferentes como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Banco Mundial, o país andino também liderará em 2019.
De acordo com o vice-presidente Álvaro García Linera, nos últimos anos a Bolívia registrou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que se traduz em “importantes conquistas para o país”, uma vez que é compartilhado pelo conjunto da população. A média da evolução do PIB boliviano foi de 4,3% (2014, +5,5%; 2015, +4,9%; 2016, +4,3%; 2017, +4,2% e 2018, +4,7%), conforme estimativas.
Linera frisou que a economia boliviana se diversificou e dinamizou, potencializando seu mercado interno e que, diferente do passado, não depende exclusivamente de exportar matérias-primas com baixo valor agregado. “Os hidrocarbonetos e os minerais aportam 13% das entradas, enquanto a agricultura, o sistema financeiro, o transporte, o comércio, a construção e a indústria manufatureira têm um papel importante”, acrescentou.
De acordo com o vice-presidente, o Modelo Econômico Social Comunitário Produtivo implementado desde 2006 é a base destas conquistas, uma vez que combina adequadamente o investimento público e a redistribuição da renda, com o investimento público convertido em motor da economia e de combate à desigualdade social.
Comemorando o resultado alcançado, o presidente Evo Morales conclamou as organizações sociais e o empresariado a preservarem o que qualificou de “patrimônio nacional”, resultado da unidade e consciência do povo boliviano. Para Evo, é fundamental dar atenção “ao aspecto social e trabalhista”.
As conquistas econômicas não são uma dádiva, reiterou o presidente, mas resultado da luta e do voto dos bolivianos. Para que o crescimento seja cuidado e mantido, sublinhou, serão criadas mais empresas estatais, para gerar mais recursos e acelerar a industrialização de recursos naturais.