O motivo da histeria de Marco Feliciano (PL-SP) é o respeito do general à democracia. O deputado está uma arara porque o comandante decidiu suspender as “comemorações” do golpe de 1964
O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), um dos parlamentares bolsonaristas mais retrógrados e raivosos do país, tem usado as redes sociais para atacar e denegrir o atual comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Paiva. O motivo da histeria é o respeito que o general Paiva tem demonstrado à democracia.
Desde o fracasso da tentativa de golpe de Bolsonaro, que pretendia decretar o Estado de Defesa exclusivamente sobre o Tribunal Superior Eleitoral, para, então, afastar os ministros e adulterar o resultado da eleição presidencial, os bolsonaristas atacam os militares. Eles creditam aos militares legalistas o fiasco do plano golpista elaborado por Bolsonaro & Cia.
A última irritação do deputado-pastor foi motivada pela decisão do general de abolir a celebração do aniversário do 31 de março de 1964, dia em que foi dado um golpe no Brasil para a implantação de um regime autoritário, violento e submisso aos interesses econômicos e estratégicos do Estados Unidos.
Conforme é sabido, a celebração do 31 de março existia no país até o fim do regime No governo FHC, porém, a comemoração pelo aniversário do regime foi encerrada. Em 2019, no entanto, Jair Bolsonaro, apoiador de golpes, de torturas e de assassinatos contra opositores, como os que ocorreram sob o regime de arbítrio, determinou o seu retorno.
“Ao General Tomás Paiva que em aceno à esquerda brasileira, aboliu a mensagem de aniversário do regime militar de 64, digo, a história não perdoa os covardes!”, disparou o deputado que, por falar em covardia, foi acusado de abuso sexual covarde pela estudante de jornalismo Patricia Lélis, 22 anos.
Os militares têm sofrido ataques da milícia digital bolsonarista porque não aderiram ao golpe, condenaram os terroristas que destruíram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e estão se esforçando cada vez mais para colocar um fim na influência maléfica de Jair Bolsonaro e de seu grupo fascista no interior das tropas.