Uma organizadora das manifestações golpistas em Brasília, Ana Paula Melo, compartilhou uma notícia falsa que zomba dos bolsonaristas, dizendo que um fictício ministro “Jallim Habbei”, dos Emirados Árabes Unidos, não iria reconhecer o resultado nas eleições no Brasil.
“Urgente: o ministro das relações exteriores do Emirados Árabes Unidos, o Jallim Habbei, disse que seu país não irá reconhecer Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil, e pediu a ONU mais transparência nas eleições brasileiras”, diz a fake news compartilhada por Ana Paula Melo.
A informação é do portal Metrópoles.
Uma colega avisou nos comentários da publicação, falando que “Isso aí é uma pegadinha, observe o nome do ministro… fica Ja Lim rabei”, mas ela manteve a postagem.
Nos comentários, ela recebeu mais apoios de bolsonaristas. “Eita, glória”, respondeu uma seguidora. Outra publicou emoticons de palmas para a notícia falsa.
O mesmo aconteceu com o lutador bolsonarista Vitor Belfort, ex-campeão do UFC. Em suas redes sociais, Belfort compartilhou uma mensagem em que um suposto general brasileiro chamado “Benjamin Arrola” teria dado um ultimato para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) explicasse as fraudes nas eleições.
“O General Benjamin Arrola das Forças Armadas declarou que o exército deu 24 horas para que o TSE explique o que houve nas urnas no domingo. Segundo ele, as forças armadas já estão apostos para a tomada do poder caso não haja nenhuma explicação coerente”, dizia a publicação.
Depois de ter sido alertado da gafe, Vitor Belfort publicou um vídeo zombando da situação.
Os grupos bolsonaristas estão infestados de fake news que os agradam, sempre falando o que eles gostariam de ouvir.
Um vídeo de uma manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro de 2021 viralizou depois de uma grande quantidade de participantes ter lido no Whatsapp que Bolsonaro teria decretado estado de sítio – o que nunca ocorreu. Todo um pavilhão de manifestantes estava comemorando, enquanto o homem que grava o vídeo chorava de alegria sem saber que era mentira.
Nos dias seguintes à eleição que decretou a derrota de Bolsonaro, manifestantes que pediam intervenção militar e bloqueavam as estradas foram gravados comemorando a prisão do ministro Alexandre de Moraes, depois de terem lido a “notícia” nas redes sociais.
Ajoelhada no chão, um mulher batia no peito e gritava “o Brasil é nosso” . Ao fundo, uma pessoa perguntou: “foi mesmo?”. O ministro não foi preso e segue atuando contra os ataques golpistas e os bolsonaristas.
O fundamentalismo é o sentimento mais presente nos seguidores da extrema direita brasileira, alimentados por mentiras cada vez mais explícitas e irracionais.
Infelizmente, tem muitas pessoas inocentes que se quer verifica a fonte e veracidade da suposta informação antes de retransmitir, aproveitando-se disso, pessoas maldosas criam essas falsas notícias, com o intuito de ridicularizar, e o pior, denegrir um movimento honesto, depois, os mesmos criadores dessas “notícias” se encarregam de fazer críticas, alegando que seus opositores veiculam “fake news”.
Isso é muito claro e transparente, só não enxerga quem não quer. Que se trata de “contra informação”. Ou alguém, em sã consciência, acredita que essas falsas notícias realmente são criadas por pessoas com o mesmo viés político de quem as veiculam?
Muito lógico. Mas o que importa é: que falsas notícias? De que você está falando? Pois, o que está na matéria é verdadeiro.