
Os bolsonaristas estão atacando ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), acusando-o de querer “achacar o governo” por conta de divergências em relação a itens da proposta do governo sobre a Previdência.
Grupos de WhatsApp apoiadores de Bolsonaro, que tinham sido desativados após a campanha eleitoral, voltaram a operar. Além de textos em defesa da reforma da Previdência, as comunidades passaram a veicular críticas a Maia.
As postagens se referem a críticas pontuais do presidente da Câmara ao texto da reforma, atribuindo-as a uma suposta ação para desestabilizar o governo.
Como Carlos Bolsonaro, o filho mais engajado na internet, estava em Brasília no momento em que as baterias dos bolsonaristas se voltaram contra o político, aliados de Maia não deixaram de apontar a coincidência.
Além do presidente da Câmara, as comunidades elegeram o Supremo Tribunal Federal como alvo. Postagens pedem o “fim do STF”, fazem instigação do tipo “a toga contra o povo” e chamam os ministros de criminosos.
As mensagens que circulam nesses grupos também disseminam informações falsas sobre a função, o funcionamento e os membros do Supremo. Uma das postagens chega a afirmar que a corte tem “clientes como o BNDES” e que “OAB e Judiciário estão aparelhados com essa máfia comunista e o narcotráfico de toda a América Latina”.
Porém, os ataques não miram apenas o deputado Rodrigo Maia e os ministros do STF. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), é outro que virou alvo de grupos que fazem pressão pela instalação da CPI da Lava Toga – que investigaria supostos abusos de autoridade de ministros do Supremo.
Na segunda-feira (18), Alcolumbre disse que as possibilidades de levar adiante as tratativas sobre a instalação da CPI Lava Toga são baixas. O parlamentar avalia que a CPI criaria um embate desnecessário entre Legislativo e Judiciário.