O senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu a liberação de verba para o pagamento das bolsas concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Nós não estamos falando só de 84 mil desempregados, que perdem a bolsa, não. São pesquisadores. Essa audiência pública é mais do que necessária, para que nós possamos valer, junto ao Ministério da Economia, e auxiliar na decisão, porque o mês de setembro já não tem um centavo no Ministério. Nós vamos ter a dispensa desses 84 mil pesquisadores”, afirmou durante uma reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado.
Através de sua conta oficial do Twitter Major Olímpio escreveu: “Não podemos deixar 84 mil pesquisadores perderem suas bolsas no CNPq! O governo precisa liberar recursos para que os pesquisadores continuem seu trabalho, ajudem na evolução da tecnologia e desenvolvimento. Sabemos da dificuldade financeira, mas a educação tem que ser prioridade!”.
A simples defesa de uma questão justa, a recomposição do orçamento que foi cortado pelo governo Bolsonaro, tornou o senador, líder do PSL no Senado, o novo alvo dos bolsonaristas. Nas redes sociais, eles chamaram o parlamentar de “esquerdista”.
“Você está esquisito”, comentou um usuário do Twitter. Alguns, ainda, indagaram se Olímpio teria se tornado “esquerdista” e o mandaram “ir para o PSOL”.
Na segunda-feira, Major Olimpio disse ao Jornal Estado de S. Paulo que está pensando em deixar o PSL. “Eu aprendi na vida que são os incomodados que se mudam. Então, se eu estou incomodado, devo me mudar”, disse.
Até abril do ano passado, o senador era presidente estadual do partido, mas deixou o comando na mão do deputado Eduardo Bolsonaro. Sem entrar em detalhes, ele alega apenas que vem tendo “alguns incômodos” que o levam a considerar essa saída do partido.
Segundo o portal O Antagonista, o Podemos, convidou o senador para a sua bancada.