Bolsonaristas do vandalismo em Brasília permanecerão presos, decide STF

Ônibus queimado pelos bolsonaristas no dia 12 de dezembro. Foto: Reprodução - TV Globo
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, converteu em preventiva a prisão de apoiadores extremistas de direita de Jair Bolsonaro por ataques em Brasília. Sete pessoas estão foragidas

A Justiça começou a agir contra o vandalismo e o terrorismo bolsonaristas praticados em Brasília, em 12 de dezembro passado, quando apoiadores de Jair Bolsonaro tocaram o terror no centro da capital federal.

Diante das investigações daqueles atos antidemocráticos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu em preventiva a prisão de 11 apoiadores extremistas do ex-presidente da República, que são responsáveis pelos atos golpistas ocorridos na área central da capital federal.

A decisão foi assinada nesta sexta-feira (6).

Aos fatos que ocasionaram a decisão do STF.

O grupo bolsonarista tentou invadir a sede da PF (Polícia Federal), em Brasília, em 12 de dezembro.

Os ataques ocorreram após a prisão do falso cacique José Acácio Tserere Xavante. Na ocasião, além de depredações em torno do prédio, os terroristas incendiaram e depredaram carros e ônibus próximos ao local.

Eles tentaram, ainda, jogar um ônibus do viaduto. Não tendo conseguido, atearam fogo no coletivo. O grupo também depredou a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).

SUSPEITOS LOCALIZADOS E MANDADOS DE PRISÃO

Até o momento, quatro suspeitos foram localizados pelos agentes da PF: Klio Hirano, Samuel Barbosa Cavalcante, Joel Pires Santana e Átila Melo.

Moraes também expediu mandados de prisão para Silvana Luizinha da Silva, Alan Diego dos Santos, Wenia Morais Silva, Ricardo Aoyama, Walace Batista da Silva, Wellington Macedo e Helielton dos Santos.

Todos os sete são considerados foragidos da Justiça.

PRISÃO PREVENTIVA

Com a conversão em prisão preventiva, a prisão dos bolsonaristas não tem prazo para terminar.

Os manifestantes terroristas são alvos da Operação Nero, que investiga o envolvimento de bolsonaristas no ataque ao prédio da Polícia Federal e a destruição de veículos.

Segundo os agentes responsáveis pela apuração dos fatos, presos e foragidos foram responsáveis por causar os incêndios nos veículos ou pela compra da gasolina usada nos crimes.

OPERAÇÃO NERO

A Operação Nero, da PF, investiga crimes como associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Agora, o foco da investigação é identificar os líderes e quem financiou as ações criminosas.

DIPLOMAÇÃO DE LULA

Tudo ocorreu no dia da diplomação do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os terroristas criaram e instalaram o terror no centro da capital federal, na tentativa de inviabilizar o reconhecimento formal, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da vitória de Lula, em 30 de outubro de 2022, em segundo turno.

A diplomação ocorrera à tarde e se estendeu até o início da noite, no TSE. E os atos golpistas, com ações de vandalismos e terror, no início da noite.

Tudo ocorreu, na ocasião, sob a conivência das polícias do Distrito Federal — PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) e PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) — e ainda do então ministro da Justiça e Segurança Pública, do então presidente Bolsonaro, Anderson Torres.

Atualmente, depois de deixar o Ministério da Justiça, Torres foi nomeado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), secretário de Segurança Pública do DF.

M. V.

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