
Trabalham direto contra o projeto do governo que alivia os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil. Os seguidores dos golpistas também são contra taxar os super-ricos
O bolsonarismo está trabalhando abertamente contra o Brasil. Conspira diretamente dos Estados Unidos – através do deputado Eduardo Bolsonaro, que abandonou o mandato para instigar a Casa Branca a prejudicar o Brasil – por mais sanções e tarifas em prejuízo dos brasileiros. Não satisfeitos, eles agora sabotam também, de todas as maneiras, as votações de projetos que beneficiam o povo brasileiro.
A bancada bolsonarista está trabalhando com prioridade absoluta para dar impunidade aos criminosos que ostentam mandato e para livrar os fascistas que tentaram dar um golpe de Estado em 2022/23, enquanto o governo trabalha para aprovar a proposta de isenção de imposto de rendas para quem ganha até R$ 5 mil. O projeto trará benefícios para milhões de trabalhadores que hoje pagam proporcionalmente muito mais impostos do que os super-ricos.
Este é o caso também da Medida Provisória (MP) do desconto de energia elétrica, que beneficia 60 milhões de brasileiros, principalmente os mais pobres. Ela só não foi derrubada, como queriam os bolsonaristas, por conta de uma força-tarefa organizada pelo governo para aprová-la no último dia do prazo, que foi na quarta-feira (17). O líder dos fascistas na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), protelou o quanto pôde, mas a base aliada acabou garantindo o direito conquistado.

Agora, eles intensificaram a sabotagem contra a proposta de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, como quer o presidente Lula. A proposta já tramita com urgência e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que poderá colocá-la em votação, na próxima semana. Mas há forte pressão da bancada bolsonarista – e de outros reacionários que estão no parlamento – para derrubar o alívio aos trabalhadores e a taxação dos super-ricos (rendas superiores a R$ 600 mil por ano).
O projeto foi enviado ao Congresso Nacional, acompanhado com a proposta de taxação dos super-ricos, que não pagam quase nada de imposto de renda no Brasil.
Os bilionários são beneficiados com a estapafúrdia medida – que só existe no Brasil e na Estônia – que isenta de imposto as rendas obtidas através da distribuição de lucros e dividendos. A equipe econômica teme que o ambiente de provocações instalado no Congresso impeça a aprovação da reforma do Imposto de Renda (IR), que prevê isenção do tributo para boa parte dos trabalhadores brasileiros.
O texto já está “sacramentado”, inclusive com a tributação para os super-ricos, à espera de um momento para votação. O projeto é prioridade para o governo porque a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma proposta feita pelo presidente Lula em sua campanha e também porque favorece o crescimento do mercado interno. Hoje, está isento do pagamento de IR quem ganha até dois salários mínimos deste ano, o equivalente a R$ 3.036.
Pela proposta, haverá um desconto total para quem ganha até R$ 5 mil e parcial para quem tem rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, o governo propôs a criação de um imposto mínimo com alíquota progressiva de até 10% para rendas superiores a R$ 600 mil por ano. O projeto do governo sofreu pequenas mudanças e foi aprovado em comissão especial na Câmara. Agora ele está parado em meio à sabotagem dos bolsonaristas.