O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste domingo (9), que Fabrício José de Carlos Queiroz, ex-funcionário de seu filho Flávio Bolsonaro, vai explicar as movimentações bancárias consideradas suspeitas, citadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “Eu espero que esse processo, uma vez instaurado, ele se explique. Nada além disso”, disse o presidente eleito após formatura de oficiais na Escola Naval do Rio de Janeiro. “Ele [Queiroz] vai dar as explicações”, repetiu Bolsonaro, ao ser cobrado sobre o assunto, neste domingo. Numa dessas movimentações, Queiroz fez vários depósitos, num total de R$ 24 mil, na conta da mulher de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro. O motorista movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, sem ter, segundo o Coaf, renda que justifique a posse desses valores.
Em entrevista no sábado, o presidente eleito já havia tentado explicar porque Fabrício José de Carlos Queiroz, motorista de seu filho, o deputado estadual do Rio de Janeiro, e agora senador, Flávio Bolsonaro, depositou R$ 24 mil na conta de sua mulher e ele não declarou ao Imposto de Renda. “Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil.”
Segundo Bolsonaro, Queiroz pagou em dez cheques de R$ 4 mil. “Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso”, afirmou. “Não tive tempo. Questão de mobilidade. Tive dificuldade para ir ao banco em razão da rotina de trabalho. Eu sou muito ocupado”, afirmou. Agora, na entrevista de domingo, ele disse que quer explicações do ex-motorista sobre essas movimentações financeiras.
Ele admitiu também que não registrou os depósitos na conta de Michelle, que, segundo ele, seriam valores recebidos do empréstimo feito por ele a Queiróz, na declaração do imposto de renda. “Se eu descumpri alguma norma, se errei, arco com a responsabilidade com o fisco, sem problema nenhum”, justificou. “Na conta da minha mulher é como se fosse a minha”, prosseguiu o presidente eleito. E disse também que “ninguém recebe dinheiro sujo em cheque nominal”.
Segundo o relatório do Coaf, que está em poder da Polícia Federal, condutora da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato, o assessor de Flávio Bolsonaro movimentou mais de R$ 1,23 milhão, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017.
O vice de Bolsonaro, Hamilton Mourão também foi outro que cobrou explicações da lambança. “O ex-motorista, que conheço como Queiroz, precisa dizer de onde saiu este dinheiro. O Coaf rastreia tudo. Algo tem, aí precisa explicar a transação, tem que dizer”. Para ele o governo tem que sempre dar explicações à sociedade. “Senão fica parecendo que está escondendo algo”; o vice também provocou o futuro ministro Onyx Lorenzoni, por ter fugido da coletiva ao ser questionado sobre o escândalo. “Quando responde daquele jeito, parece que tem culpa no cartório”
O relatório do Coaf também revela que sete servidores que trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), fizeram transferências bancárias para uma conta do ex-assessor Fabrício de Queiroz. Entre os nomes citados estão o da filha de Fabrício, Nathalia Melo de Queiroz, a dele, mulher Márcia Oliveira Aguiar, e também: Agostinho Moraes da Silva, Jorge Luís de Souza, Luíza Souza Paes, Raimunda Veras Magalhães e Wellington Servulo Rômulo da Silva.
como é que é? nao era o pagamento de uma divida? ta bizarro!! tudo “gente do bem” e agora é so tirar o Bozo e sua mafia de caloteiros, laranjas,ladroes e embusteiros corrupto ? # nao vai ter posse da quadrilha. Vai? tomem no bolso entao,bando de abestados