Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (1º) que a direção da Petrobrás vai autorizar mais um reajuste nos preços dos combustíveis nos próximos 20 dias.
Questionado em coletiva na Itália, após reunião do G-20, sobre a greve de caminhoneiros, iniciada nesta segunda-feira em todo o país, Bolsonaro disse: “Estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobrás já anuncia, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias”.
A disparada no preço dos combustíveis vem mobilizando os caminhoneiros contra a alta do produto. Várias iniciativas foram tomadas pelas lideranças junto ao governo, à Petrobrás e ao Congresso Nacional pela redução dos preços do diesel. Do governo, receberam a proposta de uma vale de 400 reais que não enche um tanque de diesel.
Só este ano, o diesel acumula alta de 65,3% e a gasolina de 73,4% nas refinarias. Enquanto isso, Bolsonaro tenta tirar o corpo fora de sua responsabilidade. A alta dos preços tem levado à explosão da inflação, que está muito mais alta do que resto do mundo. Bolsonaro culpa os governadores que até congelaram o ICMS por 90 dias. Eles congelaram o imposto, mas alertaram que os preços vão continuar subindo em razão da política do governo de preços atrelados ao dólar e ao barril de petróleo nas bolsas.
Diante dos descaso com a categoria que transporta produtos e alimentos aos lares dos brasileiros, os caminhoneiros decidiram realizar uma greve nacional pela redução dos preços. O litro do óleo diesel em outubro ficou em R$ 5,096, em média, no país, com máxima de R$ 6,799. O preço da gasolina nas bombas também disparou para além de R$ 7,00 em vários estados e, no dia 25 de outubro, já ultrapassava R$ 9,00 em cidades do Acre.
Após declarar por diversas vezes que não iria interferir em nada para conter a alta nos preços dos combustíveis, Bolsonaro reafirma sua preferência pelas multinacionais e os importadores de combustíveis em detrimento dos brasileiros. Ele segue defendendo e apoiando a política implementada pela direção da Petrobrás que favorece essas multinacionais e os importadores.