Sacripanta desferiu suas aleivosias com a bandeira de Israel nas mãos para um público disperso e nada atento aos seus ataques, e nada disse sobre o genocídio promovido contra o povo palestino
Em comício realizado pelo PL Mulher em Belém, no Pará, Jair Bolsonaro segurou a bandeira de Israel para defender a ditadura terrorista daquele país encabeçada por Benjamin Netanyahu.
Atacou o presidente Lula e o PT, ignorando os esforços do governo brasileiro no sentido de interromper os criminosos ataques que são desferidos contra o povo palestino e todos os demais cidadãos de outras nacionalidades que se encontram na Faixa de Gaza.
A guerra terrorista de Netanyahu, sob o pretexto de combater o Hamas, na verdade é contra a população palestina que luta há décadas pelo reconhecimento de seu território e de seu Estado. Bolsonaro ignorou, em suas diatribes, esse fato, como o fez ao longo de seus quatro trágicos anos de desgoverno, durante os quais, na política externa, recebeu a simpatia de pouquíssimos países e governantes, entre os quais o do nazifascista Netanyahu.
Nenhuma palavra dele ou de sua mulher, Michele Bolsonaro, sobre os 4.385 palestinos que já morreram na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro, ou das 13.561 pessoas feridas desde aquela data, muito menos sobre as dezenas de hospitais bombardeados pela ditadura terrorista de Israel, armada até os dentes, há décadas, pelos Estados Unidos, aliás, o único país a vetar a implementação de decisão unânime aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU e sustentada pelo Brasil para que Israel interrompa imediatamente os ataques contra o povo palestino.
Bolsonaro também não disse uma palavra de solidariedade à família dos brasileiros mortos na Faixa de Gaza depois dos ataques de Netanyahu, preferindo defender a ditadura israelense com a bandeira daquele país nas mãos.
Na busca obsessiva de turvar a realidade, blasfemou: “Nós temos que ser precavidos. Muitas vezes a gente acha que o que acontece na casa do vizinho, não pode acontecer na nossa casa. O que acontece em um país distante, não vai acontecer no nosso país. Nós temos que nos preparar para tudo”, disse, acrescentando que o PT e o Hamas são “irmãos de alma”, em mais uma prova de sua ignorância e má-fé.
Sim, Bolsonaro, temos que nos preparar para tudo e, principalmente, para os riscos que ainda representa o chamado ‘bolsonarismo’ no Brasil, especialmente para a democracia e a soberania nacional, valores vilipendiados cronicamente pelo governo derrotado nas urnas em 2022.
Por fim, cobrou que o governo brasileiro não reconheceu o Hamas como um grupo “terrorista”, somando-se aos que usam esse subterfúgio para tentar encobrir os crimes terroristas de guerra que a ditadura de Netanyahu continua promovendo contra o povo palestino e seu território, a despeito dos protestos que se generalizam não apenas nas nações árabes, mas em todo mundo.
MAC