O botijão de gás de cozinha está 5% mais caro desde a última sexta-feira (2). Com o aval de Jair Bolsonaro, a direção da Petrobrás autorizou o quarto aumento consecutivo no preço gás liquefeito de petróleo (GLP), que passou a ser vendido a R$ 3,21 por quilo nas refinarias da Petrobrás, o que equivale a R$ 41,68 no botijão de 13 quilos para as distribuidoras.
Para os consumidores, na última semana de março, o preço médio nacional do botijão de gás de cozinha ficou em R$ 83,25, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O custo do botijão de 13kg foi encontrado acima dos R$ 100, em quatro capitais brasileiras: Rio Branco, Macapá, Boa Vista e Cuiabá – cujo preço máximo encontrado foi de R$ 120,00.
A alta ocorre poucos dias antes dos 45,6 milhões de brasileiros começarem a receber o mísero novo auxílio emergencial de R$ 250, em média, depois de ficarem três meses sem receber nada.
Ao custo médio de R$ 100, o botijão do gás de cozinha cobriria 66% do auxílio emergencial de R$ 150, que governo pagará para quem vive sozinho; 40% dos R$ 250 destinados a uma pessoa por família (independentemente do número de filhos); e 26,6% dos R$ 375 que será pago para mães chefes de famílias.
O governo promete retomar o pagamento do auxílio emergencial, encerrado em dezembro, na terça-feira (6). O benefício será pago para apenas 45,6 milhões de pessoas – 22,6 milhões a menos do que receberam o auxílio no ano passado -, em quatro parcelas mensais, cujos valores variam de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família. Estima-se que 20 milhões receberão apenas R$ 150.
No ano passado, a ajuda emergencial atingiu 68,2 milhões de pessoas, sendo as cinco primeiras parcelas mensais no valor de R$600, e quatro R$300, a partir de setembro.
Os brasileiros continuam pagando muito caro pelo gás de cozinha, mesmo após Bolsonaro ter zerado os impostos federais (PIS/CONFIS) com a promessa de reduzir o custo do produto e o preço do petróleo ter fechado o mês de março em queda. No entanto, sem dar mais explicações, a direção da estatal justificou que o novo reajuste reflete as movimentações da cotação internacional do petróleo, além do câmbio.