Bolsonaro condecora militares de Israel que foram um fiasco em Brumadinho

Bolsonaro condecora militares de Israel. Foto: Reprodução - Globonews
Já os bombeiros brasileiros foram ignorados por ele

Em sua viagem a Israel, Bolsonaro condecorou na segunda-feira, 1º de abril, os 136 militares daquele país que vieram ao Brasil em janeiro para atuar nas buscas e resgate de vítimas em Brumadinho, Minas Gerais. Ele concedeu ao grupo a medalha da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, mais alta condecoração brasileira a cidadãos estrangeiros.

A brigada israelense veio ao Brasil com a promessa de colaborar nas buscas, usando equipamentos de suposta última geração, como sonar para captar sinais telefônicos e drones equipados com câmeras termais e com capacidade de georreferenciamento. Porém, apenas quatro depois voltou para o seu país, porque seus equipamentos não eram efetivos para o tipo de desastre que aconteceu em Brumadinho.

Todo o trabalho de resgate ficou mesmo por conta das equipes brasileiras, que não receberam qualquer reconhecimento do governo federal. Bombeiros voluntários de outros estados, que chegaram a ter sua colaboração dispensada antes da missão israelense se revelar um fiasco, deram grande contribuição nos trabalhos.

Bombeiros de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e do Maranhão participaram das buscas de vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale.

Em São Paulo, em 11 de fevereiro, o governo estadual realizou um evento no Palácio dos Bandeirantes para premiar os voluntários, que receberam medalhas e um certificado. No Maranhão, os 22 bombeiros militares que atuaram em Brumadinho receberam em 18 de fevereiro a mais alta condecoração do Estado, a Ordem dos Timbiras, das mãos do governador Flávio Dino.

No Rio de Janeiro, os militares voluntários também foram homenageados pelos seus esforços. Cerca de 80 homens receberam medalhas. Na sexta-feira (29), o Senado realizou uma sessão especial para homenagear vítimas, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas e as corporações de outros estados que enviaram homens para as buscas.

Um grupo dos bombeiros de Minas chegou à África para prestar ajuda humanitária aos moçambicanos vítimas do ciclone Idai, que resultou até agora em 493 mortes.

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