Bolsonaro condecorou com a Ordem de Rio Branco, no Grau de Grã-Cruz, o seu guru, o astrólogo Olavo de Carvalho.
Também foi agraciado o seu ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O ministro está sendo investigado pela Polícia Federal pelo escândalo das candidaturas laranjas do PSL de Minas Gerais. O esquema das candidaturas laranjas para desviar dinheiro do fundo público eleitoral foi armado quando Marcelo Álvaro Antônio era o presidente do PSL mineiro.
Tanto Olavo quanto Álvaro Antônio fazem parte de uma lista de 200 nomes – entre ministros, militares, parlamentares e governadores – que receberão a honraria da diplomacia brasileira, criada pelo governo em 1963, para distinguir “serviços meritórios e virtudes cívicas” e “estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção”. A Ordem foi instituída em homenagem ao patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco.
A concessão das condecorações foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” na terça-feira (30).
Olavo de Carvalho é o guru da família Bolsonaro. Também é conhecido pelas críticas à ala militar, intrigas e avacalhações que tem patrocinado dentro do governo.
A Ordem de Rio Branco é dividida em dois quadros: ordinário, composto por diplomatas da ativa; e suplementar, que reúne, além de diplomatas aposentados, pessoas físicas e jurídicas nacionais ou estrangeiras.
Além de Olavo e Marcelo Álvaro, outras 33 pessoas receberam o mais alto grau da Ordem. Entre as autoridades homenageadas neste nível estão o vice-presidente Hamilton Mourão, mais 11 ministros, nove governadores e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Bolsonaro também homenageou dois de seus filhos, mas em grau inferior – o de Grande Oficial – o segundo mais importante da Ordem. Os agraciados foram o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Outro filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, não foi contemplado.
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