O alto comando das Forças Armadas foi comunicado do corte adicional no orçamento do setor durante almoço de Jair Bolsonaro com os comandantes das três armas, que ocorreu no Quartel-General do Exército, em Brasília, na terça-feira (7).
O bloqueio, que antes era de 21% definido no final de março, foi ampliado para 44% do orçamento total da Defesa. O corte só é menor do que o previsto para a Educação.
Com o novo corte, o governo vai contingenciar R$ 5,8 bilhões do orçamento previsto para o Ministério da Defesa neste ano, que era de R$ 13,1 bilhões.
O ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva participou do almoço com os comandantes do Exército (Edson Pujol), da Marinha (Ilques Barbosa Jr.) e da Aeronáutica (Antônio Carlos Bermudez).
O contingenciamento de verbas deve afetar os projetos estratégicos e prioritários em andamento.
A assessoria do ministério afirmou, em nota, que não haverá comprometimento das “atividades cotidianas” do setor, uma vez que os recursos bloqueados incidiriam apenas no que era esperado para o segundo semestre deste ano. Porém, fontes ligadas à Forças Armadas avaliam que, caso os recursos não retornem ao orçamento até setembro, a situação nos quartéis ficará “crítica”.
O bloqueio no orçamento faz parte de um decreto definido pelo Ministério da Economia, através da Portaria nº 144, de 2 de maio de 2019, na faixa de R$ 30 bilhões, que atingiu outras áreas. As pastas mais atingidas são os ministérios da Educação e da Defesa, que já tinham sido atingidos por cortes na sua programação orçamentária.
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