O bispo Malafaia, que financiou o ato, chamou a direita de traidora. Ela “é vagabunda e prostituta”, afirmou
Em mais um ato organizado e financiado neste domingo (29) pelo pastor Silas Malafaia na avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro voltou a atacar o Tribunal Eleitoral e dizer que foi roubado na eleição de 2022. “Eu não esperava aquele resultado”, disse ele, depois de ouvir outros oradores que também atacaram virulentamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em meio ao ato, uma multidão de jovens skatistas fez um protesto contra o comício da direita e, indignados, xingaram intensamente Jair Bolsonaro. “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c…”, gritavam os jovens paulistas.
Bolsonaro insistiu pela décima vez que respeitou a Constituição e, com a maior cara de pau, afirmou que as hordas que destruíram Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, eram comandadas pela esquerda. Disse que Lula deixou Brasília e foi para Araraquara porque tudo fazia parte de um plano. “O 8 de janeiro foi orquestrado pela esquerda”, disse ele aos presentes na Paulista.
No seu discurso, Bolsonaro voltou a defender o regime de Israel, que está cometendo um verdadeiro genocídio contra a população palestina de Gaza, matando mais de 60 mil civis, na maioria mulheres e crianças. Ele apoiou também os bombardeios ilegais cometidos pela ditadura israelense e pelos EUA às instalações nucleares iranianas. Criticou o governo brasileiro por não ter apoiado a ação criminosa dos israelenses e americanos. No ato pululavam bandeiras de Israel e dos Estados Unidos.
Maia uma vez o ex-presidente tentou convencer os presentes de que não tentou um golpe de Estado quando perdeu as eleições. Ele disse que “não se dá golpe sem armas”. E perguntou, “onde estavam as armas?” Respondendo, em seguida, que “não encontraram arma nenhuma”. É verdade, as Forças Armadas não aderiram ao seu golpe. O comandante do Exército. General Gomes Feire, chegou a ameaçá-lo de prisão se ele insistisse em insuflar as forças para sua trama.
O bispo Malafaia esbravejou contra o Supremo e contra os que ele chamou de traidores de Bolsonaro. Ele se referia a parlamentares e governadores que não embarcaram nas atividades criminosas de Bolsonaro, inclusive o assassinato de autoridades, caso o golpe fosse consumado. Malafaia disse que a direita “é vagabunda e prostituta”.
Tarcísio de Freitas fez um duro discurso contra o governo do presidente Lula. Ao lado de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio atacou o governo e disse que no tempo de Bolsonaro as estatais davam lucro e agora dão prejuízo, citou os Correios, e disse que foi Bolsonaro que levou água para o Nordeste. O governador encerrou seu discurso dizendo que “o Brasil não aguenta mais o PT”.
A participação de aliados ne ato deste domingo foi menor. Estavam presentes, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais; Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador; Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado; Carlos Portinho (RJ), líder do PL no Senado; Zucco (PL-RS), líder da Oposição na Câmara; Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara; Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal; Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal.
