Os índices mais baixos do “bozo” foram registrados em setembro e dezembro de 2021, quando 53% avaliavam seu governo como ruim ou péssimo
Jair Bolsonaro deixa o governo com a pior avaliação para um presidente em primeiro mandato desde a redemocratização, aponta pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (30). 37% dos entrevistados consideram seu governo ruim ou péssimo. Sua gestão é considerada regular por 24% dos entrevistados, e 1% não soube opinar. 39% dos brasileiros avaliam o governo Bolsonaro como bom ou ótimo.
O Datafolha mostra que 36% avaliam que o presidente deixa como legado um Brasil pior, enquanto 24% dizem que o país não melhorou nem piorou. Um por cento não opinou. Para 39% dos entrevistados, Bolsonaro entrega um país melhor do que antes do início de seu governo, igualando o índice de aprovação no final de seu único mandato, segundo a pesquisa Datafolha.
Seus índices melhoraram um pouco no final do mandato por conta de uma série de benesses eleitoreiras e farta distribuição de verbas públicas para aliados através do esquema criminoso chamado “Orçamento Secreto”. Os índices mais baixos de sua administração foram registrados em setembro e dezembro de 2021, quando 53% avaliavam seu governo como ruim ou péssimo. Bolsonaro teve um péssimo desempenho durante a pandemia de covid-19 sendo responsabilizado por centenas de milhares de mortes que poderiam ser evitadas.
Depois passou a fazer sérias ameaças à democracia e foi repudiado por grande parte da sociedade. Só a título de comparação, em 2006, no final do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva à frente da presidência, 84% dos brasileiros afirmavam que Lula havia deixado um país melhor e 12%, pior.
Ainda entre os que antecederam Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha aprovação de 35% e reprovação de 25%, sendo que 37% consideraram o seu primeiro mandato regular. Em 2006, Lula, reeleito, tinha 52% de aprovação, contra 14% de avaliações negativas e 34% de regular. Mesmo Dilma Rousseff, foi aprovada em 2014 por 42% e reprovada por 14%, contra 34% que consideravam seu governo regular.