Depois de implodir o PSL pelo fato de não ter conseguido se apoderar de seu milionário fundo partidário, Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (13) que está abandonando o partido.
Sua intenção é criar outro partido, novinho em folha, e totalmente sob seu controle e de seus filhos. Aliás, este será o nono partido em sua carreira. Aí sim ele vai poder meter a mão em toda a bufunfa.
Parlamentares do PSL que poderiam migrar para a nova agremiação estão inseguros de que o partido consiga ser criado até março do ano que vem, prazo final para poderem participar das eleições municipais.
A alternativa mandrake pretendida por Bolsonaro para tentar acelerar o processo é se utilizar de sua milícia digital, que é formada em boa parte por robôs disparados de países longínquos, como Israel, Áustria e outros, e que repetem mecanicamente as orientações emanadas pelos chefes da milícia.
A coleta de assinaturas, segundo Bolsonaro, seria feita por meio de aplicativo com certificação digital. São necessárias 500 mil assinaturas de pessoas que estejam em dia com a Justiça Eleitoral e que assinem presencialmente o apoio à criação do partido.
O Tribunal Superior Eleitoral sempre foi muito rigoroso na exigência da assinatura presencial para a criação de partidos.
Com a utilização dos robôs da milícia digital, o deputado bolonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), disse que em menos de 24 horas eles conseguem as 500 mil assinaturas.
Sem acreditar muito na possibilidade do TSE permitir essas manobras digitais, o deputado afirmou que se não houver garantias de que o partido seja formado até março, os bolsonaristas dissidentes do PSL pretendem permanecer no partido.
Isso, no caso de eles não serem expulsos da legenda. Os processos disciplinares já estão abertos contra os dissidentes.
Bolsonaro deu início à conflagração dentro do PSL quando atacou Luciano Bivar, chefe do partido, que controla atualmente o dinheiro do PSL. No início de outubro ele disse a um apoiador para esquecer o PSL porque seu presidente [Bivar] estava “muito queimado”.
Aliados de Bivar rebateram imediatamente cobrando investigações de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, acusado de lavar dinheiro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Desde então a trupe de Bolsonaro ataca a de Bivar, acusando seus integrantes de serem “traíras”, e o grupo de Bivar rebate denunciando que o governo esta financiando sua milícia digital com dinheiro público.
A deputada Joice Hasselmann, ex-líder do governo na Câmara, informou que esta milícia bolsonarista “é formada por mais de 20 perfis alimentados por assessores de Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro”.
Segundo a deputada, que até recentemente participava do esquema, “esses perfis se vinculam a cerca de 1.500 páginas na internet para espalhar mentiras e agredir adversários”. Segundo a parlamentar, os materiais falsos “são preparados de dentro do Palácio do Planalto”.
Eduardo Bolsonaro e o Delegado Waldir, se digladiaram pela liderança do PSL. Eduardo acabou emplacando no cargo. Para isso ele teve que desistir de disputar a vaga na Embaixada do Brasil nos EUA.
Depois de toda essa guerra, as brigas não pararam mais. A direção do PSL decidiu afastar os filhos de Bolsonaro das direções partidárias no Rio e em São Paulo e abriram processos de expulsão dos seguidores de Bolsonaro. Agora, o “mito” anuncia sua saída do PSL.
Parlamentares do PSL que poderiam migrar para a nova agremiação estão inseguros de que o partido consiga ser criado até março do ano que vem, prazo final para poderem participar das eleições municipais.
Faltando “não”de partido “que o partido NÃO consiga ser criado”.