Jair Bolsonaro desejou neste sábado boa sorte a João Doria, disse que ele é anti-PT, que Márcio França teria apoio velado do PT, mas reafirmou que a orientação geral é manter a posição de neutralidade nos estados. “Vamos apoiar apenas os candidatos do partido (PSL) que estiverem no segundo turno”, afirmou. Ele disse que não havia combinado, e não sabe quem combinou, o encontro frustrado do dia anterior com Doria.
João Doria tinha tentado se reunir na sexta-feira com Bolsonaro para arrancar um apoio à sua candidatura. A tentativa foi um fiasco. Mesmo tendo ficado plantado na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio, até à noite, Doria foi embora sem obter seu intento. Neste sábado, o ex-prefeito deu entrevista explicando que não foi ao Rio pedir voto a Bolsonaro. Ele e Joice Hasselman, deputada do PSL de São Paulo, justificaram o mal entendido dizendo que só tinham ido ao Rio tentar “uma conversa informal, sem nenhuma outra intenção”.
Procurado, Márcio França, que está em campanha pelo interior de São Paulo, informou que não recebe apoio do PT, “oficialmente pelo menos”. “Eu sei que muitos deles podem até votar em mim. A verdade é que ninguém fica com o Doria. Ele traiu o Geraldo Alckmin, traiu os amigos dele, não tem ninguém praticamente apoiando ele. Eu tive apoio de Skaf e do Major Olímpio, que foi o senador do Bolsonaro. Eu não tenho nenhum tipo de ódio a nenhum tipo de partido e nenhum tipo de pessoa. Todos que quiserem me apoiar, é claro que eu aceito”, afirmou o governador.
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