“E atitudes insólitas, como sua participação direta na convocação de manifestações contra o Congresso”, cita o senador
O senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou pelas redes sociais que “o principal fator de desestabilização do país tem sido o próprio presidente, com suas provocações diárias e atitudes insólitas”, como “sua participação direta na convocação de manifestações contra o Congresso”.
José Serra também cita “o impedimento a um grande jornal de acompanhar suas atividades no exterior” como uma de suas ações que trouxe mais desestabilidade. O Planalto vetou a participação de um repórter do jornal Folha de S. Paulo na cobertura da recente viagem de Bolsonaro aos EUA.
“A verdade é que o presidente Bolsonaro encontrou uma situação econômica menos desfavorável do que seus antecessores, Dilma e Temer. Paralelamente, nenhum grupo significativo do Congresso, embora faça oposição, tem se empenhado em destituir seu governo”, continuou.
“Fico imaginando o grau de aflição das pessoas mais sensatas de sua equipe governamental”, prosseguiu o tucano, que chegou a ser candidato à Presidência da República pela legenda por duas vezes.
Quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o crescimento do PIB no primeiro ano de governo Bolsonaro foi 1,1%, o pior dos últimos três anos, Serra disse que não enxergava motivos para comemorar, como fez a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Governo defende que o PIB público tem caído, mas que o PIB privado se desenvolve bem. Será? Vejamos: 12 milhões de desempregados, 25 milhões de subocupados, 66% de endividados, 25% da capacidade desocupada, menor patamar de investimentos”, disse Serra.
“Boa parte do Brasil está desocupada. Nada é mais improdutivo! Sim, governos podem realizar gastos não prioritários, mas ainda assim seriam mais produtivos do que a inação. Bons gestores usam bem a máquina e empreendem bons gastos”, comentou o senador.