Bolsonaro diz que luta do negro, da mulher e do nordestino contra a injustiça é ‘coitadismo’

Foto: Fábio Motta - AE

Jair Bolsonaro afirmou na terça-feira, em entrevista à TV Cidade Verde, do Piauí, que as políticas de combate aos preconceitos de todos os tipos “são um equívoco”. Para ele nada disso, politica de cotas e políticas afirmativas, deveria existir. “Você não tem que ter uma política para isso. Isso não pode continuar existindo, tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado do gay, coitada da mulher, coitado do nordestino”, argumentou.

Sobre a política de cotas especificamente, uma medida tomada para compensar em parte os prejuízos causados aos negros pelos mais de trezentos anos de escravidão no Brasil, o candidato insistiu que é uma medida “totalmente equivocada”. O candidato acha que não há relação entre este fato e as diferenças salariais, a dificuldade de acesso social do negro na sociedade brasileira, etc.

Para Bolsonaro, política afirmativa “é coitadismo e reforça o preconceito”. “Precisamos acabar com isso”, destacou.  “Não devemos ter classes especiais, por questão de cor de pele, por região, seja lá o que for”, defendeu o presidenciável do PSL.

No início da campanha ele já tinha defendido o fim das cotas raciais. “Eu sou contra a forma de cotas que está aí, que prejudica o próprio negro. Você bota cota para negros, a princípio quais negros têm mais facilidade de passar em concurso, ou então ser admitido em vestibular? O negro filho de negro bem de vida”, disse.

Ele também disse que é contra a mulher receber salário igual ao homem por trabalho igual.

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