
“Não sei quantas vezes a economia deles é maior que a nossa”, disse o valentão
Jair Bolsonaro deu a entender aos jornalistas, na manhã desta quarta-feira (04), ao sair do Palácio do Alvorada, que não vai reagir contra as ameaças de seu guru, Donald Trump, de sobretaxar o aço e o alumínio brasileiro. Trump disse, através do twitter, que vai retaliar o Brasil porque o país estaria desvalorizando sua moeda para prejudicar os produtos norte-americanos.
“Nós somos os pobres da história”, disse Bolsonaro, sinalizando a passividade de quem se acha um inútil e um impotente diante de problemas como este. É claro que o “mito” até agora não entendeu bem por que, apesar de tantos afagos, tantos “I love you” e ofertas generosas, o “amigão” do norte agiu dessa forma com ele.
Todos perceberam o complexo de pigmeu de Bolsonaro diante de Trump, mas essa posição foi ficando ainda mais evidente no decorrer de sua entrevista no Alvorada. “Não sei quantas vezes a economia deles é maior que a nossa”, disse ele, ao ser questionado se tomaria alguma providência contra as sobretaxas aos produtos brasileiros. “A gente tá com chumbinho, eles estão com ponto 50”, acrescentou Bolsonaro. Ou seja, nada de reação.
“Acho um certo exagero o que está acontecendo”, prosseguiu. “Por enquanto não foi sobretaxado nada, só tem a promessa dele no Twitter”, justificou o ex-capitão, na expectativa que Trump volte atrás.
Questionado se já tinha se comunicado com o presidente dos EUA, Bolsonaro desconversou. “Vou dar uma dica para você. Se eu já liguei ou não, você não vai ficar sabendo. Tem certas questões que são de Estado. Já temos todas as informações do que aconteceu”, respondeu o presidente.
Uma coisa Bolsonaro foi deixando claro na entrevista. Que aconteça o que acontecer, segue defendendo caninamente os interesses dos EUA. Ele justificou a subida da moeda americana em relação ao real como um problema global e não por qualquer decisão de seu governo. “O mundo está globalizado, a própria briga comercial [entre] Brasil e China influencia o preço do dólar aqui”, explicou.
Bolsonaro fez questão ainda de dizer bem alto, para que Trump ouça, que não só não desvalorizou a moeda brasileira em relação ao dólar como, inclusive, mandou fazer o contrário. “Várias vezes o Roberto Campos interferiu vendendo dólares. Nós não queremos aqui aumentar artificialmente… Nós não estamos aumentando artificialmente o preço do dólar”, explicou ele. “Eu acredito no Trump”, insistiu Bolsonaro, sinalizando claramente que sua subserviência à Casa Branca vai prosseguir.
“Não tenho nenhuma idolatria por ninguém. Temos uma amizade… Não vou falar amizade – não visito a casa dele nem ele a minha. Temos um contato bastante cordial. Não tenho decepção, porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo falou grosso numa situação que vou dar as costas para ele”, afirmou o presidente, apontando que, faça chuva ou faça sol, tem enorme interesse em manter suas atuais relações de sabujice com Trump.
fica claro para o povo brasileiro a incompetência desse moço, o despreparo e irresponsabilidade para com as coisas referentes ao Brasil,