Ao final de um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro afirmou na sexta-feira (14) que vai demitir o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, por ele ter se comportado, segundo ele, como “sindicalista”.
O motivo para a demissão, que segundo o próprio Bolsonaro deve ocorrer nos próximos dias, foram as declarações do general durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, contrárias à privatização da estatal, como é planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro disse ainda não ter gostado do fato do general ter tirado foto com parlamentares de oposição, quando participou do evento no legislativo. Ele disse ainda que está estudando um substituto para o cargo.
Juarez Cunha defende a manutenção dos Correios como empresa pública. Durante o feriado de Páscoa, o militar escreveu em uma rede social que tinha “argumentos para demonstrar porque é importante para o país manter a empresa pública, inclusive apresentando casos malsucedidos de privatização de correios pelo mundo”.
Na audiência da Câmara, realizada no dia 5 de junho, ele afirmou que a estatal “é uma empresa estratégica, autossustentável, insubstituível”. “Uma empresa cidadã, orgulho do Brasil”, acrescentou.
O general assumiu a presidência dos Correios em novembro do ano passado, ainda durante o governo Michel Temer, sendo mantido no cargo após a posse de Bolsonaro.